O último dia do ano é reservado para ser de muitas alegrias, ou, pelo menos esta é a expectativa de todos que esperam na virada do ano um motivo para sorrir. Mas alguns certamente terão motivos para desencanto e desalento, porque quem viaja ou está na capital terá dois problemas para começar a se preocupar: o primeiro deles é saber se vai ter energia elétrica para garantir o jantar da virada ou a hospedagem que já pagou no hotel do litoral.
Outra grande preocupação é saber se pode viajar porque os moradores se tornaram reféns das suas próprias residências, já que a segurança é um caos sem limite. Alguém deve estar se perguntando o que pode ser feito para evitar ou minimizar esses problemas. Eis o dilema: o piauiense não sabe se viaja ou se fica em Teresina porque se viajar vai ser assaltado no litoral e se ficar na capital corre o risco de receber a visita do ladrão em casa. Nos últimos dias no litoral piauiense famílias inteiras sentiram o drama de serem assaltadas e humilhadas pelos bandidos. Deixa de ser piada para ser algo da maior gravidade a situação de verdadeira calamidade em que se encontra o cidadão que paga impostos e não tem a mínima garantia de que sua segurança será pelo menos satisfatória. Pior para aqueles que são espoliados com a tarifa de energia elétrica sem tê-la para garantir o conforto de suas festas. A Eletrobras justifica, explica, mas não convence a ninguém porque o sistema é tão frágil que deixa cidades inteiras às escuras. Coitado, portanto, do piauiense. Assaltado duas vezes. Pelo bandido comum e pelo poder estatal.
Por:Arimateia Azevedo
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