Hoje pela manhã (04/12), policiais militares que estão de folga e reformados saíram em passeata pelas principais ruas de Parnaíba para oferecer apoio e solidariedade aos policiais que tiveram a prisão decretada na última quarta-feira (02/12) pelo comando geral da Polícia Militar do Piauí.
O movimento saiu de frente da Sede da Associação Beneficente dos Cabos e Soldados (Abecs), na rua Itaúna, no bairro Pindorama, e seguiu em comboio pelas principais ruas e avenidas da cidade. No percurso muitas pessoas aderiram a manifestação, provocando um grande buzinaço de carros e motos até a Praça da Graça, no centro da cidade. Lá, os grevistas chamaram a atenção do governo para o não cumprimento das propostas anunciadas anteriormente, como plano de carreira, reajuste salarial e solução para a falta de estrutura nos postos de trabalho, entre outras ações.
“Queremos uma polícia militar que realmente trate seus agentes como seres humanos porque as condições a que somos submetidos são totalmente desfavoráveis”, desabafou um dos líderes do “Movimento Polícia Legal” no litoral, cabo Eudes.
Solidário aos militares, o vereador Carlson Pessoa participou do manifesto e disse que a categoria luta por uma causa legítima que visa beneficiar toda a sociedade. “A nossa polícia está sucateada e os governos tapam os olhos para as dificuldades enfrentadas diariamente por cada um desses guerreiros. Tem que haver um basta. Nossa cidade precisa de segurança, mas como garantir o bem-estar dos cidadãos atendendo a ocorrências com carros sucateados, com pneus carecas, sem colete à prova de balas e demais carências?”, questionou o parlamentar.
O policial reformado da PM de Parnaíba, sargento Boger, também acompanhou toda a movimentação e, no uso do microfone, estendeu apoio aos colegas na ativa e cobrou do governo um olhar mais atento para os aposentados que, sendo ele, estão esquecidos. “A PM faz parte da sociedade e diariamente os profissionais arriscam a vida para proteger a população. Eles não podem ser tratados como marginais. É muita arbitrariedade. Se o governo trata os profissionais que estão na ativa dessa forma, imagine nós reformados”, refletiu.
A greve da Polícia Militar do Piauí teve início em Teresina e demais cidades do Estado no dia 25 de novembro e três dias depois, ganhou a adesão de Parnaíba. A paralização garante o aquartelamento dos militares e impede que seja feito o policiamento ostensivo nas ruas. Somente crimes hediondos como assassinato e estupro estão sendo atendidos.
Por Luzia Paula. Fotos: Gleitowney Miranda / Ascom
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