6 de nov. de 2015

Zé Filho estranha crise que levou governo a explorar servidores

O ex-governador Zé Filho, ao analisar os últimos fatos relativos à administração estadual, disse que está estranhando as dificuldades enfrentadas pelo governo no tocante ao Iapep e principalmente as medidas anunciadas recentemente para solucionar o problema, como o fatiamento do Iapep, reajuste das contribuições e obrigatoriedade de pagamento dos associados ao Plamta de parte das consultas. Para ele, há um claro problema de gestão.
Zé Filho lembrou que em sua administração foram adotadas várias medidas na área de saúde e do Iapep para melhorar a vida dos piauienses e dos servidores públicos em particular:  “Acabamos com a cobrança aos associados; criamos as condições para que o servidor público tivesse o melhor atendimento possível de clínicas e hospitais, sempre pensando em seu bem estar; demos efetividade ao hospital Getúlio Vargas o que resultou no fim das lamentáveis cenas de pacientes jogados nos corredores do Hospital de Urgência de Teresina (HUT), em um trabalho conjunto com a prefeitura de Teresina”, disse.
Ele afirmou que entregou o Iapep em excelentes condições e não consegue entender porque, de repente, o instituto virou um patinho tão feio que foi preciso acabar com ele: “Quando assumimos o governo, recebemos o Iapep em boas condições, graças ao trabalho desenvolvido pelo deputado federal Flávio Nogueira, mas não ficamos satisfeitos. Determinei ao novo presidente que melhorasse onde pudesse por reconhecer que o servidor público e seus dependentes  precisavam de uma salvaguarda na área de saúde para ter tranquilidade para trabalhar. Fizemos várias mudanças que foram aprovadas pelos servidores”, garantiu.
Zé Filho: "Éramos incompetentes?"
Ele acha que o governo, nesse primeiro ano, está vendendo dificuldades para comprar facilidades: "Aparentemente, o governo está superdimensionando as dificuldades para não ser cobrado e justificar a exploração dos servidores, como recentemente fez, reajustando a contribuição em 15% e cobrando a coparticipação destes em 50%. Depois das pressões recuou um pouco, comprovando o que estou dizendo. Eles jogam o barro na parede para ver se cola. Se ninguém reclamar...”, disse.
Por último, Zé Filho lembrou que  cansou de ouvir o hoje governador, entre a eleição e sua posse, dizer que estava sobrando dinheiro no estado e que o problema era de gestão: “Entre outubro e dezembro, em várias oportunidades, o então governador eleito, Wellington Dias, cansou de dizer que nós éramos incompetentes, que havia muito dinheiro e que o problema era só de gestão. Pois com toda essa incompetência, pagamos os salários em dia, implantamos os reajuste dos servidores, pagamos o 13º sem precisar aumentar contribuições ou coisas desse tipo. Quase um ano depois da posse, sou obrigado a reconhecer: ele tinha razão. O problema é mesmo de gestão. Estão aí os fatos. Outro dia o governador fez uma bela solenidade para entregar 20 armas para agentes penitenciários; outra para inaugurar uma pequena reforma. Fazer o que se, um ano depois de eleito, não tem nada para mostrar?”, concluiu.
Fonte:Jornal "Tribuna do Litoral"
Edição:Bernardo Silva

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