No último domingo, dia 08/11/2015,
por volta das 16:40h, um fato inusitado chamou atenção no Litoral do Piauí. Um
avião monomotor dava vôos rasantes por toda a faixa de preamar do litoral,
deixando banhistas e kitesurfistas assustados. Nas redes sociais várias pessoas
que estavam na praia relatavam que achavam que o avião estava caindo e que o
monomotor passou muito perto das pipas dos velejadores que estavam na beira da
praia.
Segundo testemunhas, o avião de
prefixo PP-ZST, de
propriedade do Sr. JACINTO BARBOSA LAY
CHAVES estava a 30 metros de altura. De acordo com o Regulamento Brasileiro
de Aviação Civil - RBCA as regras de aviação indicam que em áreas com
aglomeração de pessoas, o piloto deve manter a aeronave em uma altura mínima de
1.000 pés, que corresponde aproximadamente a 305 metros. Em casos onde não há
presença de pessoas, a altitude mínima cai pela metade, mesmo que ele sobrevoasse apenas o mar, o correto seria
voar a pelo menos 500 pés, ou seja 150 metros de altitude.
A Infraero
de Parnaíba informou que já tem conhecimento do ocorrido através de denuncias e
que a Polícia Federal está fazendo a investigação. Segundo o funcionário da
Infraero Ulisses Araújo, o órgão está colaborando com todas as informações
necessárias para o caso e que o ideal é mais pessoas procurassem registrar o
ocorrido no site da Anac. “Através do site da Anac, qualquer pessoa pode fazer
denúncias e relatar casos como esse, através do report voluntário”, explicou.
Segue o link para denúncia http://servicos.decea.gov.br/sac/index.cfm
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| Imagem ilustrativa |
De acordo com o delegado da Polícia
Federal, Edilberto Mendes, duas pessoas foram até a delegacia registrar a
ocorrência, inclusive uma dessas pessoas é policial federal e estava velejando no local e testemunhou o caso que
será enquadrado no artigo 35 da lei de contravenção penal e exposição de risco
a terceiros. O delegado informou ainda que já tem conhecimento do nome do
proprietário da aeronave e que vai aguardar a Anac que é o órgão fiscalizador
avaliar a conduta do piloto, através do depoimento das testemunhas. “Com fundamento da palavra abalizada do órgão
fiscalizador, no caso a Anac, nós tomaremos as providências e o piloto deverá
ser chamado a prestar esclarecimentos”, finalizou o delegado Edilberto Mendes.
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