16 de nov. de 2015

Porto irregular


O governo do Piauí precisa se debruçar sobre o porto de Luís Correia não com palavras ou ufanismo. É preciso que se sanem as gigantescas irregularidades e falhas técnicas comprovadas por peritos do Ministério Público Federal, contida em um relatório de 119 páginas, produzido em 2012 e que, uma vez lido, joga por terra todo o nhenhenhém dos gestores locais sobre essa obra. 

O que ocorreu no porto de Luís Correia ao longo dos últimos anos foi uma recorrente prática nefasta de desvio de recursos públicos, desobediência a normas técnicas elementares, não cumprimento de prazos, licenciamentos ambientais concedidos por órgãos não competentes para tanto. Isso para ficar apenas no grosso do desrespeito às normas e às leis. 

A tarefa primeira para se garantir que o porto possa de fato existir é sanar as irregularidades – que estão apontadas no relatório e, portanto, são de fácil conhecimento para o público e gestores. Mais que isso, será necessário apontar soluções e, a partir daí, buscar os recursos, sejam públicos ou em parcerias privadas, que possam assegurar o término e a operação do porto. Fora disso, será mais uma dessas falácias locais tudo o que se disser de facilidades para aportar recursos em Luís Correia.

Caminhos

Ainda sobre o Porto de Luís Correia, cabe lembrar que começou para ser de grande porte. Depois, veio um debate sobre ser usado para navegação de cabotagem. O convênio de 2008 para sua conclusão foi por água abaixo e finalmente na semana passada, Wellington Dias ao Ministério da Defesa, para usar a estrutura que existe e fazer um porto pesqueiro e turístico -muito, infinitamente diferente dos anseios originais.

(Por:Arimateia Azevedo)
Fotos e Edição:Bernardo Silva

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