Morre suspeito de maltratar pais idosos após passar mal na Central de Flagrantes

Após quatro dias de prisão, Francisco das Chagas Marques de Pinho, 53 anos, morreu no Hospital de Urgências de Teresina (HUT) na última sexta-feira(13), depois de passar mal na cela de triagem da Central de Flagrantes. Ele estava preso suspeito de maltratar os pais que possuem mais de 80 anos.  

De acordo com o coordenador da Central, delegado Luciano Alcântara, Francisco foi encontrado desorientado por volta das 17 horas de sexta, quando o Samu foi acionado e constatou que ele estava desorientado. Francisco das Chagas deu entrada às 18h23 no HUT e morreu às 19h30. 

“Ele estava na cela de triagem que é a mais ventilada, por ser mais de idade e aparentemente com a saúde delicada, com mais três presos. Iniciamos um procedimento padrão de revista por causa do final de semana, e quando cheguei para falar com ele, vi que estava desorientado e chamamos o Samu, como ele não havia almoçado achamos que seria hipoglicemia, mas o Samu suspeitou de início de derrame e acharam por bem leva-lo para o HUT. Um policial foi escoltando e horas depois me ligou dizendo que ele tinha falecido. A causa mortis não foi determinada, mas acreditam que foi natural”, explicou o delegado Luciano Alcântara. 

O delegado disse ainda que nos dias que antecederam sua morte, ele estava aparentemente bem. Na cela normal há uma média de 15 a 20 presos, enquanto na triagem só ficam quatro, segundo Alcântara.

Francisco das Chagas foi preso em flagrante na terça-feira (10), após denúncia anônima de que ele estaria torturando e mantendo seus pais, Júlio Marques Pinho e Maria de Moura Silva, octogenários, em cárcere privado, no Parque Piauí, na zona Sul. Devido à debilidade do casal, a polícia teve que acionar o Corpo de Bombeiros e equipes de psicólogos e assistentes sociais para fazerem a remoção dos idosos, que foram levados para casa de parentes.

A delegada do Idoso, Daniela Barros, disse que foi informada da morte extraoficialmente já que o inquérito foi encaminhado para a Justiça. 

Caroline Oliveira
carolineoliveira@cidadeverde.com