No último programa da série sobre o vício digital, o GloboNews Especial aborda as consequências de uma prática cada vez mais corriqueira e deletéria: o compartilhamento de fotos e vídeos íntimos em redes sociais. De 2013 pra 2014, o número de vítimas do chamado "sexting" aumentou 120% no Brasil. Oitenta e um por cento dessas vítimas são mulheres - sendo que 28% têm entre 18 e 25 anos, e 25% entre 12 e 17 anos.
Depois de ter a imagem exposta na internet, elas sofrem bullying dos "amigos" e colegas de trabalho, e se tornam alvo também de críticas dos próprios parentes. Algumas vítimas não aguentam a pressão e chegam a se mudar de cidade, e até de país. O repórter Rodrigo Carvalho conversou com algumas vítimas e mostra até que ponto a lei brasileira pode protegê-las.
A estudante Lorena, de 21 anos, teve um vídeo que gravou para um rapaz vazada em grupos de WhatsApp do país inteiro. O chefe e o irmão de Lorena chegaram a receber o vídeo. Ela se sentiu tão humilhada que resolveu se mudar de cidade, onde o vídeo também foi descoberto.
O delegado Alessandro Thiers explica que compartilhar esse tipo de conteúdo é crime. “A maioria das pessoas pensa que, por estar atrás de um computador, elas são invisíveis e nunca serão encontradas. Muito pelo contrário. Tudo que é feito na internet deixa rastros”, destaca.
Desde que fotos íntimas de Stenio Garcia, 83 anos, e da mulher dele, a atriz Marilene Saad, de 47, caíram na rede, o casal não teve mais sossego. Marilene conta que tirou uma foto com o marido para a intimidade do casal, não para ser compartilhada.
Quando o vídeo é usado para fazer ameaças, outro crime é caracterizado: extorsão. As exigências são as mais diversas: desde dinheiro até relação sexual. A chamada Lei Carolina Dickman foi sancionada no final de 2012 e tornou crime, por exemplo, a invasão de aparelhos eletrônicos para a obtenção de dados particulares. O fato de recorrer à Justiça e haver um Marco Civil da Internet não garante a punição dos criminosos. Uma das dificuldades é obter informações do provedor.
A Delegacia de Repressão a Crimes de Internet no Rio de Janeiro recebe em média, por dia, três denúncias de vazamento de fotos ou vídeos íntimos. Algumas vítimas desistem de procurar a justiça por medo de prolongar o sofrimento. O vazamento de vídeos íntimos promove um debate importante sobre a livre expressão da sexualidade.
Confira também depoimentos do ator Stênio Garcia e de um rapper que, depois de ter sido vítima da vingança de uma namorada, compôs uma música chamando atenção para a covardia desse tipo de compartilhamento.
G1
Depois de ter a imagem exposta na internet, elas sofrem bullying dos "amigos" e colegas de trabalho, e se tornam alvo também de críticas dos próprios parentes. Algumas vítimas não aguentam a pressão e chegam a se mudar de cidade, e até de país. O repórter Rodrigo Carvalho conversou com algumas vítimas e mostra até que ponto a lei brasileira pode protegê-las.
A estudante Lorena, de 21 anos, teve um vídeo que gravou para um rapaz vazada em grupos de WhatsApp do país inteiro. O chefe e o irmão de Lorena chegaram a receber o vídeo. Ela se sentiu tão humilhada que resolveu se mudar de cidade, onde o vídeo também foi descoberto.
O delegado Alessandro Thiers explica que compartilhar esse tipo de conteúdo é crime. “A maioria das pessoas pensa que, por estar atrás de um computador, elas são invisíveis e nunca serão encontradas. Muito pelo contrário. Tudo que é feito na internet deixa rastros”, destaca.
Desde que fotos íntimas de Stenio Garcia, 83 anos, e da mulher dele, a atriz Marilene Saad, de 47, caíram na rede, o casal não teve mais sossego. Marilene conta que tirou uma foto com o marido para a intimidade do casal, não para ser compartilhada.
Quando o vídeo é usado para fazer ameaças, outro crime é caracterizado: extorsão. As exigências são as mais diversas: desde dinheiro até relação sexual. A chamada Lei Carolina Dickman foi sancionada no final de 2012 e tornou crime, por exemplo, a invasão de aparelhos eletrônicos para a obtenção de dados particulares. O fato de recorrer à Justiça e haver um Marco Civil da Internet não garante a punição dos criminosos. Uma das dificuldades é obter informações do provedor.
A Delegacia de Repressão a Crimes de Internet no Rio de Janeiro recebe em média, por dia, três denúncias de vazamento de fotos ou vídeos íntimos. Algumas vítimas desistem de procurar a justiça por medo de prolongar o sofrimento. O vazamento de vídeos íntimos promove um debate importante sobre a livre expressão da sexualidade.
Confira também depoimentos do ator Stênio Garcia e de um rapper que, depois de ter sido vítima da vingança de uma namorada, compôs uma música chamando atenção para a covardia desse tipo de compartilhamento.
G1
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Comente essa postagem
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.