3 de out. de 2015

Operação Mercedez: 13 pessoas são indiciadas por estelionato no Piauí

Nomes dos envolvidos não foram divulgados pela Polícia Civil.
Inquérito foi entregue nesta sexta-feira(2) à Justiça.

Amanda DouradoDO G1 PI
Carros de luxo eram vendidos por até R$ 30 mil (Foto: Reprodução/Tv Clube)Carros de luxo eram vendidos por até R$ 30 mil (Foto: Reprodução/Tv Clube)
Treze pessoas foram indiciadas pela Polícia Civil do Piauí na operação Mercedez, que desbaratou uma quadrilha que financiava carros de luxos com documentos falsos e também tinha atuação no ramo imobiliário. Os presos são acusados de estelionato, falsidade ideológica, associação criminosa, receptação dolosa, receptação culposa e associação criminosa. O inquérito foi entregue à Justiça nesta sexta-feira (2) pelo delegado Matheus Zanatta, comandante da operação.

De acordo com a Secretaria Estadual de Segurança Pública, no total foram apreendidos 15 veículos, sendo na sua grande parte da marca Mercedes, uma BMW, uma Santa Fé clonada e uma IX35. Questionada pelo G1 sobre o nome dos indiciados, a assessoria de imprensa da Secretaria de Segurança Pública do Piauí afirmou que não pode divulgar a identidade dos envolvidos.
Operação Mercedez
Um grupo de criminosos suspeito de praticar os crimes de estelionato, uso de documentos falsos, associação criminosa e falsidade ideológica contra concessionárias de veículos em Teresina foi preso pela polícia em setembro.

A ação foi coordenada pelo Núcleo de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública do Piauí e pela Delegacia de Prevenção e Repressão a Entorpecentes (Depre). O esquema criminoso financiava veículos de luxo utilizando documentos de laranjas.

De acordo com a Polícia Civil, os carros de luxo avaliados em mais R$ 250 mil chegavam a ser vendidos por até R$ 30 mil. A operação é resultado de um mês de investigações da polícia. Segundo o delegado Menandro Pedro, o grupo agia em Teresina e chegava até mesmo a utilizar nomes de pessoas falecidas para financiar os veículos.

A Justiça do Piauí decretou no dia 23 de setembro a prisão preventiva da esposa do homem apontado na Operação Mercedes como chefe da quadrilha no Piauí e Maranhão. Segundo o delegado Menandro Pedro, ela foi encaminhada para a Penitenciária Feminina de Teresina.

Investigação Polícia Federal
O chefe da quadrilha que financiava veículos de luxo com documentos falsos no Piauí e Maranhão tem cinco registros com nomes diferentes no Cadastro de Pessoa Física (CPF) ativos. O delegado Matheus Zanatta, responsável pelo caso, revelou ao G1 que vai comunicar a Polícia Federal sobre o fato para que tudo seja investigado e o suspeito capturado.

"Durante a investigação nos causou estranheza o chefe do grupo criminoso ter todos estes nomes falsos com registros de CPF ativos. É preciso destacar que o documento é expedido por um órgão federal e atinge diretamente a União. Ainda não sabemos como ele conseguiu burlar o sistema e por isto vou acionar a Polícia Federal para investigar o fato", declarou.
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Suspeitos confirmaram envolvimento de grupo em fraudes de carros de luxo (Foto: Reprodução/Tv Clube)Suspeitos confirmaram envolvimento de grupo em fraudes de carros de luxo (Foto: Reprodução/Tv Clube)
Compra de imóveis
A quadrilha também está sendo investigada pela atuação no ramo imobiliário. A  prisão do chefe do grupo e outro integrante do bando ocorreu, em setembro,  na cidade de Aquiraz, no Ceará.
"Eles foram encontrados em uma casa de padrão elevado, provavelmente adquirida com documentos falsos. Com a dupla encontramos documentos falsificados da aquisição de imóveis e carros, além de um pendrive e um computador, que serão periciados. Já destinei um outro delegado para investigar a atuação do grupo também no ramo imobiliário", contou o delegado.

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