Greve dos peritos do INSS faz 39 dias no Piauí e beneficiários reclamam

A greve dos peritos do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) continua sem acordo e completa 39 dias nesta quarta-feira (14). Com o impasse, que tem sofrido com o movimento grevista são os beneficiários, que precisam agendar e esperar por semanas pelo atendimento.

Imagem: Denílson Freitas

Em todo o Piauí, são 57 peritos disponíveis para atender todo o estado e apenas 16 municípios dispõem do profissional. A dona de casa Francismeyre Ferreira, que hoje luta contra o câncer, já fez agendamentos por duas vezes para consultas no INSS, mas nas duas oportunidades ela tenta ainda dar entrada no benefício.

"Nessa última visita não me deram nenhuma explicação. Eles só disseram que teriam que remarcar. Mandaram eu ir só em dezembro", disse.

Para evitar que o beneficiário tenha ainda mais prejuízo por conta da greve, o INSS informou que está realizando um rodízio dos médicos peritos no intertior e na capital, como forma de manter 30% da categoria trabalhando, como determina a lei.

Sem o aval dos peritos médicos, quem procura o órgão para tentar o beneficiário para auxílio de imcapacidade física, não pode dispor do dinheiro. De acordo com o secretário executivo do INSS, Carlos Augusto Viana, o órgão orienta que o beneficiário não deixe de agendar a consulta mesmo que ainda assim espere pelo fim da greve.

"A nossa maior preocupação é que as pessoas continuem fazendo agendamento e os peritos continuem atendendo todas aqueles beneficiários que estão na lista de espera. O INSS está pagando o profissional que continua fazendo a perícia", disse.

Já do outro lado, os servidores não recebem notícias boas. Segundo o comando do movimento grevista no Piauí, as negociações com o governo não tiveram evolução. De acordo com o presidente do Sindicato dos Peritos do Piauí, José Ribamar Barbosa, uma nova proposta foi entregue ao governo e a categoria aguarda uma contraproposta.

Além dos peritos, técnicos e analistas do INSS também estiveram em greve este ano. O movimento durou três meses e atingiu 32 agências no Piauí.

G1