Parnaíba, com 304 anos, desde os primeiros anos do século XX é o centro cultural do Piauí. Teve uma banda de música formada por escravos e hoje possui uma das mais antigas do Nordeste (Simplício Dias da Silva). Dado ao respaldo independentista que conquistou no século XIX, ao lutar pelo Brasil, Parnaíba recebeu o título de “Metrópole das Províncias do Norte” (dado por D. Pedro I). Foi em Parnaíba que nasceu Ovídio Saraiva, primeiro poeta do Piauí, autor da primeira letra do hino nacional brasileiro.
Reconhecida como patrimônio, a cidade teve seu conjunto histórico e paisagístico tombado em nível nacional. Terra de tantos nomes famosos em todas as áreas de atuação no mundo inteiro, Parnaíba se orgulha de nomes como Assis Brasil, Reis Velloso, Berilo Neves, Evandro Lins e Silva etc. É dela o cajueiro mais famoso do País (o de Humberto de Campos) e conta com um Instituto Histórico, uma Academia de Letras e várias universidades. Enfim, inúmeros outros motivos que não justificam a cidade não possuir uma Secretaria Municipal de Cultura.
Como se não bastasse ser uma potência turística, Parnaíba também não possui uma Secretaria de Turismo, mesmo funcionando o único curso de Turismo da Universidade Federal do Piauí, a não ser que o Turismo não seja prioridade para a cidade.
“Parnaíba é pioneira em quase tudo no Piauí, como exemplo o artesanato. É uma cidade que tem passado e, nas mãos certas, um indiscutível futuro. Pregou a liberdade na luta contra a escravidão, é símbolo de um povo, é orgulho de uma raça”, palavras do jornalista Arlindo Leão, que já ocupou a pasta e deixou a marca de profícuo trabalho, e tanto que passados seis anos, continua lembrado pela atuação e pelo empenho.
“A cultura para dar alegria à economia; a cultura como indústria criativa”
(palavras do ex-ministro Reis Velloso, por ocasião do Fortic’s).
Não há necessidade de uma nova Secretaria de Cultura. O que se faz necessário são pessoas cultas.
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