Pouco mais de um ano depois de começar a
operar para Parnaíba, a empresa Azul Linhas aéreas anunciou nesta quinta-feira
(17) o cancelamento de voos para a cidade piauiense. A empresa, que teve seus voos iniciados em março de 2014, deixará de voar
a partir de novembro de 2015. Em
nota à imprensa, a Azul disse que o motivo para o cancelamento de voos é o
ajuste em sua malha aérea. No caso do Piauí, motivada pela baixa procura de
passageiros. Com capacidade para 70 passageiros, os voos estariam saindo apenas
com a metade.
O deputado
Heráclito Fortes (PSB) não acreditou no que leu. “É difícil acreditar no
governo! Ele cria expectativas, anuncia uma linha de voos imensa para o Piauí e
agora somos surpreendidos com essa nova realidade?”, disse Heráclito, avisando
que vai procurar o ministro da aviação civil, Eliseu Padilha, para dar
explicações sobre o assunto.
“O ministro esteve
na Câmara anunciando recursos para viabilizar o Programa de Aviação Regional do
governo federal e agora somos surpreendidos com esta notícia. É preciso
explicar essa situação para os piauienses. Por que o Piauí é o penalizado? Onde
está a política compensatória tão anunciada? Compromissos foram firmados para a
operação desses voos e agora, de uma hora para outra, se volta atrás?”,
questionou o parlamentar piauiense.
Para Heráclito, a empresa não
poderia tomar uma atitude tão radical. “Esta é
uma linha que ainda está em fase de maturação e antes de qualquer atitude, a primeira
providência era readaptar a sua malha, reorganizar esses voos, já que é uma
cidade litorânea”, disse.
Programa
de aviação regional - No último dia 07 de julho, em audiência na
Câmara, o ministro Eliseu Padilha participou de audiência pública na Comissão
de Aviação Civil e declarou que há recursos para viabilizar o Programa para a
Aviação Regional do governo. Segundo ele, atualmente, cerca de 80 aeroportos
regionais recebem voos regulares e com o Programa, este número passará para
270. Desse total, 67 serão no Norte; 64 no Nordeste; 31 no Centro-Oeste; 65 no
Sudeste; e 43 no Sul. Segundo Padilha, o orçamento do programa para este ano é
de R$ 2,9 bilhões e o total de investimentos previstos, durante os quatro anos
de implementação é de R$ 7,3 bilhões.
No Piauí, os municípios beneficiados com o
Programa seriam Bom Jesus, Corrente, Floriano, Parnaíba, Paulistana, Picos e
São Raimundo Nonato. “A pergunta que eu faço agora é o que vai acontecer depois
dessa decisão da empresa?”, disse Heráclito, lembrando que, na mesma ocasião, o
ministro ressaltou que a União subsidiaria parte das passagens para garantir a
existência dos voos, comprando parte dos assentos até que as novas rotas
regionais se consolidem. “Hoje
não temos empresas aéreas operando nesses locais porque não tem passageiro, e
não tem passageiro porque não tem empresa aérea”, disse Padilha, durante a
audiência.
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