23 de set. de 2015

Em áudio divulgado no WhatsApp, Marcos Fonteles apresenta argumentos controversos sobre o cancelamento dos voos da Azul

Em áudio espalhado pelo WhatsApp, o superintendente de Turismo de Parnaíba, Marcos Fonteles, tenta responder os motivos que justifiquem a saída da Azul da malha aérea de Parnaíba. A mensagem do superintendente apresenta pontos controversos, além de não fornecer dados concretos para as afirmações por ele sustentadas. A seguir listamos os principais pontos abordados, seguidos de uma breve análise sobre os fatos.

Substituição do ATR por um jato e diminuição do ICMS sobre o combustível
De acordo com o superintendente, em conversa por telefone com executivos da companhia, a Azul manifestou interesse em permanecer na cidade, no entanto, seria necessário substituir a atual aeronave ATR 72, com capacidade para 70 passageiros, por um jato E195-E2 da Embraer, com 132 assentos.
Por se deslocar diretamente de Teresina, o jato acarretaria menor custo para a empresa, inclusive no que tange ao combustível. No áudio, Fonteles afirma que o governo do Estado já sinalizou que irá ampliar o benefício em relação ao subsídio sobre a Comercialização de Mercadorias e Serviços (ICMS), incidente sobre o combustível QAV (querosene para aviação). A atual da alíquota do ICMS é de 8,5% concedida pelo governo do Estado através do Decreto Nº 15.46, de 29 de novembro de 2013, autorizada pelo governo anterior. Se não for renovado volta a alíquota normal que é de 25%.
No entanto, o subsídio do querosene para que a aeronave se abasteça em Parnaíba vence em 31 de dezembro e, até o momento, não foi renovado. O projeto nem mesmo chegou a ser enviado para aprovação na Assembleia Legislativa do Estado. Há rumores de que este seria um dos principais motivos pelos quais a Azul decidiu deixar de voar para a capital do Delta.


Pouso pelo instrumento ISL e balizamento noturno
Outra possível adequação abordada por Fonteles é a implantação do ISL (Instrument Landing System), que permite o pouso de aeronaves através de instrumentos, no Aeroporto João Silva Filho. Vale ressaltar que, embora já tenha pousado aeronave de grande porte vindo da Europa, o pouso foi feito visual, tendo sido este um dos motivos do seu cancelamento. Se esta condição de trazer voos de grandes aeronaves só ocorrer quando for implantado o ISL, pode-se esquecer, pois o equipamento é caríssimo e nem mesmo a capital, Teresina, dispõe do instrumento que custa acima de 10 milhões de reais. Ora, se nem uma central de ar condicionado ainda não foi instalado no aeroporto, imagine a implantação de um ISL. A outra questão é o balizamento noturno que mesmo já existindo precisa passar por uma revisão.


Por Luzia Paula

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