O Piauí anda tomado pelo medo e pelo susto. Constantemente, os piauienses são surpreendidos com notícias de crimes bárbaros que aterrorizam não só a capital, mas também pequenas cidades do interior que, até pouco tempo, eram tranquilas e sossegadas.
Não bastassem os atos praticados por bandidos profissionais, muitos deles vindos do sul do país, que explodem agências lotéricas, bancárias e dos Correios com uma naturalidade impressionante, começamos a nos deparar com chacinas e outros crimes bárbaros que têm causado pânico na sociedade.
Nos últimos tempos, a chacina de São Miguel do Tapuio, o estupro coletivo de Castelo e, agora, a chacina de Alegrete, deixaram o Piauí perplexo diante de tamanha violência. São casos que chocam pela perversidade com que foram praticados, expondo a face mais cruel de bandidos que parecem não se intimidar com a força da lei.
A polícia tem sido ágil em elucidar esses crimes, é verdade. Mas para quem convive próximo às vítimas, a dor não cessa com a elucidação dos casos e a prisão dos criminosos, até mesmo porque, com as brechas da lei ou a fragilidade do sistema prisional, em pouco tempo os mesmos bandidos estão soltos outra vez, praticando novos crimes.
O certo é que desde que as drogas entraram em nosso território, seja como rota de passagem ou como ponto de partida, o Estado nunca mais foi o mesmo. Violência e tráfico de drogas andam de mãos dadas, roubando não apenas bens materiais, mas tirando a paz e a vida de muitas pessoas. O cerco ao tráfico de drogas, portanto, é, ou deveria ser, prioridade absoluta no aparelho de segurança pública. E para isso, todas as esferas do poder e da sociedade civil devem atuar juntas. Do contrário, viveremos todos trancados nas jaulas do nosso próprio medo.
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