Todos os secretários de escolas públicas estaduais foram exonerados pelo governador do estado. A medida não teve qualquer explicação e foi adotada ao longo da semana atrasada. Na semana passada as escolas começaram a receber os novos secretários de escolas, todos por indicação política, os chamados apadrinhados.
O governo alega intramuros que a providência tem por objetivo economizar recursos. Os secretários de escolas recebiam gratificação de 40 reais e condição especial de trabalho de 80 reais, que totalizava na folha 120 reais em média. Os funcionários indicados passam a receber não menos do que 794 reais que é o valor do salário mínimo vigente no país. O detalhe é que a grande maioria dos novos secretários não sabe nem mesmo manusear um simples equipamento de informática.
Tudo indica que os avanços anunciados estão se transformando progressivamente numa grande regressão. Há quem diga que se trata de uma revanche contra os profissionais da educação que reclamaram de maneira insistente contra o não pagamento da gratificação e da condição especial de trabalho no começo do ano. Muitos se recusaram em fazer matrículas dos alunos e com isso teriam irritado sua excelência o governador do estado e a primeira dama secretária.
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