Com medo de represálias da população, ela pede segurança para a família.
"Que façam festa e comemorem, porque a dor fica comigo mesmo", disse a mãe de Gleison Vieira da Silva, de 17 anos, sobre a comemoração em Castelo do Piauí pela morte de seu filho, assassinado nesta quinta-feira (16). (assista ao vídeo acima)
Ele e os três suspeitos de cometerem o homicídio estavam internados no Centro de Educação Masculino (CEM), em Teresina, desde o último dia 15. Os quatro foram sentenciados pelo espancamento e estupro de quatro garotas em Castelo do Piauí, crime ocorrido em maio.
A direção do centro afirmou que os três jovens admitiram que mataram Gleison e não demonstraram remorso ou arrependimentoao relatar detalhes do homicídio.
Versões
Para Herberth Neves, gerente de internação do CEM, a morte de Gleison ocorreu durante o banho, quando um dos jovens teria aplicado uma gravata, fato que deu início as agressões. Já o juiz o Antonio Lopes, da 2ª Vara da Infância e Juventude em Teresina, afirmou que provavemente a vítima tenha sido atacada enquanto dormia.
Para Herberth Neves, gerente de internação do CEM, a morte de Gleison ocorreu durante o banho, quando um dos jovens teria aplicado uma gravata, fato que deu início as agressões. Já o juiz o Antonio Lopes, da 2ª Vara da Infância e Juventude em Teresina, afirmou que provavemente a vítima tenha sido atacada enquanto dormia.
A mãe do garoto morto, Elizabeth Vieira, gravou nesta sexta-feira (17) um vídeo depois que soube do assassinato do filho. "Foi um choque muito grande porque eu não estava esperando. Recebi a notícia, é uma dor muito grande", disse.
Com medo de represálias da população do município, que comemorou a morte do garoto com foguetes e festa, a mãe pede segurança para as filhas, até enterrar o corpo do jovem.
No vídeo, Elizabeth insiste em querer velar o corpo do filho na cidade de Castelo. "Estou com medo da revolta da população, de eles fazerem alguma coisa. Eles podiam deixar pelo menos eu velar e enterrar o corpo do meu filho. Já mataram ele, acabou", disse.
No vídeo, Elizabeth insiste em querer velar o corpo do filho na cidade de Castelo. "Estou com medo da revolta da população, de eles fazerem alguma coisa. Eles podiam deixar pelo menos eu velar e enterrar o corpo do meu filho. Já mataram ele, acabou", disse.
Liberação do corpo
A assistente social Thyciane Calvacante Chaves, esteve no Instituto Médico Legal (IML) nesta sexta-feira (17) como representante da família do adolescente e tentou pedir a liberação do corpo do jovem para o velório em Castelo do Piauí.
A assistente social Thyciane Calvacante Chaves, esteve no Instituto Médico Legal (IML) nesta sexta-feira (17) como representante da família do adolescente e tentou pedir a liberação do corpo do jovem para o velório em Castelo do Piauí.
Segundo ela, a Secretaria de Estado da Assistência Social e Cidadania (Sasc) comprometeu-se em custear as despesas com velório e enterro.
O gerente de internação do Centro Educacional Masculino (CEM), Herbert Neves, contou que a prioridade é levar o corpo do menor com segurança até Castelo.
"Queremos fazer isto antes do anoitecer, pois não sabemos os riscos que corremos na entrega do corpo. Já fomos avisados que os moradores de lá estão agitados com a morte", afirmou Neves.
Ainda nesta sexta-feira (17) o juiz Antonio Lopes, da 2ª Vara da Infância e Juventude em Teresina, que sentenciou os jovens a três anos de internação para cada crime cometido, comentou que o Centro Educacional onde o garoto estava internado poderia ter sido palco de uma chacina.
Segundo o magistrado, os adolescentes vinham sendo ameaçados de morte pelos demais jovens da unidade.
As agressões contra o menor
Com base no depoimento dos adolescentes, o juiz Antonio Lopes deu detalhes sobre a dinâmica do assassinato de Gleison. Ele contou que o garoto estaria dormindo no início das agressões.
Com base no depoimento dos adolescentes, o juiz Antonio Lopes deu detalhes sobre a dinâmica do assassinato de Gleison. Ele contou que o garoto estaria dormindo no início das agressões.
"Primeiro, eles deram o que chamaram de 'voadora', e quando a vítima caiu, foi dominada. E daí as agressões começaram com socos e pontapés. Eles chegaram a bater a cabeça dele contra uma estrutura de cimento", disse o juiz.
Um policial militar que estava de plantão na noite de quinta-feira disse que no momento da confusão entre os adolescentes havia quatro educadores e sete PMs no CEM.
"Quando ouvimos os gritos corremos para a cela e conseguimos retirar o rapaz com vida, mas não resistiu", disse o policial.
O corpo do menor foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML), e a Secretaria de Estado da Assistência Social e Cidadania (Sasc) aguarda a família para providenciar o velório.
Os três adolescentes suspeitos do homicídio foram retirados do CEM e permanecem agora em salas separadas no Complexo de Defesa e Cidadania. Um inquérito será aberto pela Delegacia do Menor Infrator para apurar o crime.
O corpo do menor foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML), e a Secretaria de Estado da Assistência Social e Cidadania (Sasc) aguarda a família para providenciar o velório.
Os três adolescentes suspeitos do homicídio foram retirados do CEM e permanecem agora em salas separadas no Complexo de Defesa e Cidadania. Um inquérito será aberto pela Delegacia do Menor Infrator para apurar o crime.
Briga na prisão
Nessa quinta-feira (16), o adulto que é acusado de ser o mentor do estupro coletivo se envolveu em uma briga dentro da penitenciária onde está preso e acabou sendo agredido por outros detentos. Adão José de Sousa, 40 anos, teve escoriações.
Nessa quinta-feira (16), o adulto que é acusado de ser o mentor do estupro coletivo se envolveu em uma briga dentro da penitenciária onde está preso e acabou sendo agredido por outros detentos. Adão José de Sousa, 40 anos, teve escoriações.
No mesmo dia, ele foi encaminhado de volta à Casa de Detenção Provisória de Altos, a 20 km de Teresina.
Entenda o caso
No dia 27 de maio, quatro adolescentes foram brutalmente agredidas, estupradas e depois jogadas do alto de um penhasco em Castelo do Piauí, a 190 km de Teresina.
Entenda o caso
No dia 27 de maio, quatro adolescentes foram brutalmente agredidas, estupradas e depois jogadas do alto de um penhasco em Castelo do Piauí, a 190 km de Teresina.
Uma das jovens morreu após 10 dias internada no Hospital de Urgência de Teresina (HUT). As outras três também ficaram hospitalizadas e já receberam alta.
Os quatro adolescentes foram apreendidos horas após a barbárie. Adão foi preso dois dias depois.
Fonte: Globo.com-Piauí
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