11 de jul. de 2015

Preços exorbitantes e o atendimento desagradam quem visita o litoral

De Atalaia a Barra Grande, passando por outros destinos no litoral piauiense, a beleza do lugar continua sendo atrativo para os turistas, seja de outras cidades do Piauí, de outros estados e países. Mas, ainda falta um pouco de cuidado em relação ao atendimento ao turista.
A reclamação é recorrente sobre a exploração que vem ocorrendo por lá. Os preços exorbitantes praticados pelos comerciantes à beira da praia são motivo de indignação.
"Paguei R$12,00 por uma cerveja numa barraca. Em outra paguei R$ 15,00", disse Marcelo Albuquerque, funcionário público, que reside na capital. Marcelo foi ao litoral durante o feriado de Corpus Christi e preferiu não repetir a viagem nesse mês de julho.
"Me senti lesado, assalto a mão desarmada", disse.
Para o jornalista Paulo Chaves (foto), que esteve no litoral de 23 a 28 de junho desse ano, os preços, apesar de mais caros que na capital permanecem inalterados, não importa se é baixa ou alta estação. Ele já esteve por lá em épocas diferentes e constatou isso. Mas, tem uma dica para os comerciantes: " Atendimento é bom, mas poderia ser melhor. Acho os garçons pouco profissionais, embora educados e atenciosos. Não custaria nada um treinamento profissionalizante".
O secretário de Turismo do Piauí, Flávio Nogueira disse que os comerciantes do litoral já tiveram diversos treinamentos através do Sebrae, cursos, workshops para que pudessem ter uma melhor visão de mercado, já com relação aos preços não há como interferir. "A Secretaria de Turismo não tem como controlar esses preços. É iniciativa privada. A gente orienta mas, enquanto os comerciantes tiverem essa mentalidade errada de preços abusivos, eles não conseguirão que o cliente, que é o turista, retorne".

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Flávio Nogueira destacou que na região, em Parnaíba, tem um curso superior de Turismo e que os alunos provavelmente já estão atuando, fazendo intervenções, no sentido de achar o melhor caminho para o turismo local.

http://www.portalaz.com.br/imagens/geral/20150710110247_f9ef8.jpgCaminho esse que o administrador e DJ Jorge Mariton acredita que só poderá ser traçado quando Estado desenvolver técnicas de gestão para o atendimento público. Ele esteve em Luís Correia nos dias 2, 3 e 4 de julho. "Estamos longe de grandes cidades litorâneas que atendem seus clientes em barracas com atenção", disse.

"Eu não entendo porque na praia, onde tem peixe, camarão e caranguejo com mais facilidade, eles são menores e muito mais caros. Não justifica um tira-gosto de peixe de tamanho médio pra pequeno custar mais de R$ 60,00 ", disse Maria Laura, estudante de administração na capital. Ela diz ainda, que a maioria das barracas não adotaram um sistema de pagamento via cartão de crédito e débito, dificultando a vida do cliente. "Imagina o turista pde outro estado, que pensa que tem. Ele vai ter uma desagradável surpresa", disse. "Para completar, os caixas de atendimento rápido nem sempre tem dinheiro, aí fica muito difícil", ressalta. 
O economista Fernando Galvão (foto abaixo) disse que "belezas naturais temos, precisamos de mais qualificação em termos de infraestrutura e de pessoas, mais criatividade e, como consequência as inovações". Fernando ressalta que inovações não quer, necessariamente dizer que sejam equipamentos e materiais sofisticados. "Na praias que tem aquelas barracas de palha distantes dos bares, em Maramar, por exemplo, os bares poderiam servir bebidas em caixas grandes de isopor. Manteria as bebidas geladas e se tornava mais prático o atendimento. Isso já em feito em várias outras praias do nordeste! Simples e funcional: acabou as bebidas, troca isopor!"
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Fernando Galvão ainda destaca que alguns procedimentos simples poderiam ser adotados. "Detalhes fazem diferença: capricho! Já imagino o capricho ao se fazer comida olhando o cardápio e seu estado de conservação. Bebida quente deveria ser servida em copo de vidro adequado e na frente do cliente! Na verdade é servido em copo descartável e lá no bar,  longe da vista do cliente, cartão de crédito e débito muito mais funcional mas, mas é raridade em nosso litoral, concluiu.

(Alexandra Teodoro)
FONTE: PORTAL AZ

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