Lei que proíbe encher o tanque não existe no Piauí.
Quem pede para encher o
tanque de gasolina até a boca, além da trava de segurança, coloca em risco a
saúde dos frentistas. Para alertar sobre o grave problema, o presidente da
Comissão Especial pelo Cumprimento das Leis da Alerj, deputado Carlos Minc, lançou
a campanha #PareNoAutomático, nesta sexta-feira (10/4), realizando a medição da
concentração de vapores de benzeno no ar em um posto de combustível Ipiranga,
em Botafogo, na Zona Sul do Rio.
A empresa Nakayama – responsável pelo monitoramento de gases –
realizou duas medições com um detector que verifica o índice total de
hidrocarbonetos. Quando o tanque foi abastecido até o automático, marcou 5 ppm
(parte por milhão). Quando preenchido até a boca, 15 ppm – triplicando a
concentração de benzeno.
Minc pede para que os motoristas prefiram o álcool – produzido de
fonte renovável, a cana de açúcar – é neutro em carbono, melhor para o clima, e
não contém benzeno; mas se optar pela gasolina, que não encha o tanque até a
boca. E que os postos utilizem a proteção antirrespingo, que evita o contato do
combustível com a pele dos frentistas e reduz as emanações de vapores no
momento do abastecimento.
Segundo o Programa de Segurança Química das Nações Unidas, a
exposição continuada ao benzeno causa leucemia, câncer no fígado e até
cegueira. O benzeno é a quinta substância de maior dano à saúde dos frentistas,
ameaçando a vida de 20 mil deles em todo o país.
No Brasil, existem leis estaduais que protegem os frentistas,
obrigando os postos de gasolina a parar sempre no automático – como a Lei
16333/14, de Santa Catarina, e a Lei 6964/15, do Rio de Janeiro, de autoria do
deputado Paulo Ramos.No Piauí a lei não existe, mas seria de grade valia.
Por: Diário de Petrópolis Edição: Blog do Pessoa
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