Em greve, trabalhadores da saúde protestam em frente ao Karnak

Paralisados desde segunda-feira (8), os trabalhadores da saúde realizaram uma manifestação em frente ao Palácio de Karnak, em busca de melhorias nas condições de trabalho e salários.
João Sérgio Moura, presidente do Sindicato de Enfermagem afirma que a categoria cobra o reajuste 2015. “A categoria que representa 60% dos trabalhadores na saúde está sendo excluída do reajuste.Desde janeiro que o governo não paga o adicional noturno e ainda reduziu o valor da insalubridade. Nós alem de não termos tido aumento ainda tivemos redução no salário porque o governo está passando a mão em nosso dinheiro”, concluiu Moura.

Segundo o presidente do Sindicato são 3800 trabalhadores no Estado, 2400 no município que estão sendo prejudicados, só na capital. A greve atinge as cidades de Campo Maior, Parnaíba, Picos, Floriano, Bom Jesus e Teresina.

Wendel Alves, Delegado do SENATEPI (Sindicato dos Enfermeiros Auxiliares e Técnicos em enfermagem do Estado do Piauí) declarou que a reivindicação da categoria é a “Gimas”, uma gratificação específica para trabalhadores na área da saúde; a correção da insalubridade que hoje está distorcida e um aumento linear. “Hoje a situação da enfermagem é calamitosa. No hospital Getúlio Vargas existem vários desvios de função, onde técnico de enfermagem ocupam vagas de Enfermeiro. Os secretário de Administração Franzé Lima e o da Saúde Francisco Costa dizem que não haverá concurso pra área e isso piora a nossa situação”, afirmou Wendel.

Em todo o Piauí são cerca de 10 mil trabalhadores e segundo Wendel Alves, alem de toda a dificuldade de trabalho, os trabalhadores ainda sofrem assédio moral das chefias. 
Na quinta-feira (11) às 8h haverá uma assembléia no auditório do Corem para deliberar se a paralisação prossegue ou não.