O secretário estadual Ziza Carvalho, através de sua assessoria, me encaminhou o seguinte esclarecimento, que faço questão de publicar na íntegra:
Ziza esclarece que na verdade disse que "em pouco tempo seria atingido 70% do volume d'água" (Foto: Divulgação) |
"Prezado jornalista Allisson Paixão,
Reporto-me à matéria publicada em sua coluna, cujo o título é o seguinte: “Secretário diz que Lagoa do Portinho está com capacidade de 70% e vereador chama de ‘aberração’”.
Gostaria de fazer alguns esclarecimentos: De fato tenho sido procurado por diversos meios de comunicação para falar a respeito da seca da Lagoa do Portinho. Antes mesmo de tomar posse no cargo de Secretário do Meio Ambiente, mas já tendo indicado um secretário interino para o cargo, diligenciei até a Lagoa do Portinho, juntamente com técnicos da SEMAR para verificar a situação hídrica daquele balneário.
Os relatórios técnicos que me foram apresentados pelos técnicos da SEMAR naquele momento e confirmados agora de forma mais detalhada, em resumo, me informam que a secura da lagoa tem como causa principal a prolongada estiagem que vem ocorrendo no Estado do Piauí nos últimos 4 ou 5 anos e que praticamente secou não só o Portinho, mas quase todas as lagoas e barragens do Estado.
Respeito o vereador Carlson Pessoa e todas as autoridades no assunto que têm opinião diferente, mas confio plenamente nos técnicos (engenheiros, auditores ambientais, etc) da SEMAR e assino embaixo no relatório feito por esses profissionais. Seria bem mais prático, do ponto de vista político, escolher o caminho fácil do denuncismo sensacionalista, mas a gestão ambiental deve ser encarada com seriedade. O que disse em uma das entrevistas foi que, no ritmo das chuvas que estavam caindo na região norte do Estado, dentro de pouco tempo e ainda este ano seria atingido 70% do volume d’água.
Independente das causas que levaram à secura da lagoa, a SEMAR está propondo uma série de ações para minimizar os efeitos: diagnóstico sobre o uso e ocupação do solo no entorno da área; levantamento dos poços tubulares construídos de forma clandestina ou não; manutenção e ampliação do programa de contenção de dunas (já realizado no passado); ampliação dos projetos de monitoramento quali-quantitativos das àguas executados pelas universidades; criação de uma unidade de conservação na área; execução de programas de educação ambiental e comunicação social; fortalecimento de ações fiscalizatórias periódicas para coibir os crimes ambientais; etc.
Por fim, quero dizer que não estive presente na vistoria comandada pelo Ministério Público estadual na última quinta-feira em razão de ter feito parte da comitiva de deputados estaduais que visitou, juntamente com outras autoridades públicas, o empreendimento eólico da Chapada do Piauí no sul do Estado, mas designei três servidores, entre eles, dois auditores ambientais, para acompanharem in loco os trabalhos de vistoria da lagoa.
Estou à inteira disposição deste moderno e conceituado Portal, como de resto de toda a imprensa para quaisquer outros esclarecimentos.
Cordialmente,
Luiz Henrique Carvalho (Ziza Carvalho)
Secretário do Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Estado do Piauí"
Lido o esclarecimento, separei esse trecho da fala de Ziza: "No ritmo das chuvas que estavam caindo na região norte do Estado, dentro de pouco tempo e ainda este ano seria atingido 70% do volume d’água". É uma resposta sobretudo às críticas feitas pelos técnicos e ambientalistas da região, que não garantem esses 70% garantidos na fala do secretário.
Por: Allisson Paixão/O Olho
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