20 de mai. de 2015

SOS Lagoa do Bebedouro


A lagoa do bebedouro está localizada na cidade de Parnaíba-PI entre os bairros Santa Luzia e São Vicente de Paula, era para ser um belo cartão-postal da cidade, mas infelizmente está sofrendo com a poluição causada por ações antrópicas.
Criada entre 1998/99 pela administração do então prefeito Antônio José de Moraes Souza Filho 1997/2001 com a promessa de urbanização, iluminação do entorno, despoluição e arborização, porém só foi concluído apenas a parte de urbanização onde foram aplicados mais de R$ 700 mil na época.
A lagoa abriga espécies da fauna como: jacarés, cobras, gambás “mucuras”, garças, “galinha-d'água” Gallinula chloropus entre outras espécies e também espécies da flora e flora aquática como as macrófitas aquáticas com 22 famílias e 38 espécies (Adão A. Lima. et al.  2013).
Com algumas de suas nascentes localizadas aproximadamente entre 2°55'59.32''S / 41°45'39.72''O e 2°55'58.78''S / 41°45'40.13''O, suas aguas correm cerca de 5 km até desaguar no rio igaraçu, braço do rio parnaíba, a lagoa do bebedouro também recebe águas do rio igaraçu ocasionado em períodos de grande cheias aumentando assim a vazão do rio.  


Mas devido a poluição provenientes de esgotos não tratados lançados na lagoa essa vem sofrendo alterações bioticas, pois além da presença de espécies bioindicadoras de poluição foi observado desenvolvimento excessivo do aguapé (Eichornia crassipes), o que evidencia que a Lagoa está sofrendo processo de eutrofização (Adão A. Lima. et al.  2013).
A eutrofização  é um fenômeno resultante da poluição das águas por ejeção de adubos,  fertilizantes, detergentes e esgoto doméstico sem tratamento prévio que provocam o aumento de minerais e, consequentemente, a proliferação de algas microscópicas que localizam-se na superfície.
Desse modo, cria-se uma camada espessa de algas que impossibilitam à entrada de luz na água e impedem a realização da fotossíntese pelos organismos presentes nas camadas mais profundas, o que ocasiona a morte das algas, a proliferação de bactérias   decompositoras e o aumento do consumo de oxigênio por estes organismos. Consequentemente começa a faltar oxigênio na água o que gera a mortandade dos peixes e outros organismos aeróbicos.
Na ausência do oxigênio, a decomposição orgânica torna-se anaeróbica produzindo gases tóxicos, como sulfúrico (que causa o cheiro forte característico do fenômeno).
Esse cenário permite a proliferação de inúmeras doenças causadas por bactérias, vírus e vermes.
Por causa da situação que se encontra, várias ações foram discutidas, porém nada saiu do papel, pois se nada for feito e rápido a lagoa pode perder grande parte do seu ecossistema aquático, ocasionando um desequilíbrio ecológico e podendo transforma-se em uma lagoa de esgoto.
O poder publico poderia também fazer um bosque como mostra na imagem, nessa área ainda há espécies de árvores nativas, um reflorestamento da área e do entorno da lagoa com espécies da mata atlântica seria ideal para pesquisas, promover caravanas nas escolas colocando em foco a preservação e educação ambiental como forma de preservar o pouco que sobrou da mata atlântica no Piauí.

Ricardo Pereira da Costa
Acadêmico de Gestão Ambiental


Referências:
Adão A. Lima. et al.  2013. LEVANTAMENTO DAS MACRÓFITAS DA LAGOA DO BEBEDOURO E LAGOA DA PRATA, PARNAÍBA, PIAUÍ, BRASIL.
Eutrofização Por Clarisse Rocha. Disponível em:  Acesso em 17 de maio de 2015.

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