Ontem à noite (08), a Secretária
Municipal de Saúde, Maria do Amparo Coelho, juntamente com sua equipe
apresentou o relatório das ações e o balanço financeiro do ano de 2014. De
acordo com o relatório, desde o ano passado a administração municipal tem
melhorado os serviços de saúde na cidade, ao contratar mais profissionais por
meio do programa Mais Médicos, entre outras ações.
Com a medida, mais parnaibanos estariam
tendo acesso facilitado aos serviços prestados pelo município como consultas,
realização de exames e medicamentos gratuitos. No entanto, o quadro que se vê na saúde
pública da cidade contradiz os dados apresentados no plenário do legislativo
municipal. As filas nos postos de combustíveis continuam abarrotadas. Na
Unidade Básica de Saúde Milton Martins Vasconcelos Filho, que fica anexa ao
prédio da Prefeitura, no Bairro Pindorama, os pacientes dizem que precisam
chegar no início da manhã para tentar marcar uma consulta, sendo que as
marcações se iniciam apenas às 16h.
“Cheguei às 9h da manhã e já
tinham várias pessoas na fila. Não encontrei mais cadeira vazia e vou ter que
ficar o dia inteiro em pé. Hoje vou conseguir almoçar só no final da tarde”,
desabafa a dona de casa Navegante Silva.
A feirante Mirian Moura reclama
que desde dezembro do ano passado não consegue receber as insulinas para a mãe
que é diabética. “Minha mãe não pode ficar sem medicação. Nossos recursos são
poucos, mas em casa a gente tem se esforçado pra comprar os remédios dela
porque não está dando pra depender do posto. E a gente também ainda tem que
comprar as seringas porque faz tempo que eles pararam de fornecer. Só de
seringa são 30 por mês que ela gasta”, ressalta.
Outras pessoas afirmam que estão
encontrando dificuldade para conseguir agendar exames. Há duas semanas a
doméstica Maria do Socorro tenta marcar uma ultrassonografia do abdômen, mas não
encontra vaga. “Já dei várias viagens perdidas. Espero que numa dessas
tentativas dê certo. É difícil esperar, mas a gente que não tem condições é por
isso se vê obrigado a esperar. Fazer o que?”, questiona.
Por Luzia Paula
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