15 de mai. de 2015

Falta de medicamentos nos postos de Parnaíba coloca a vida dos pacientes em risco

A falta de medicamentos para doenças crônicas como diabetes e pressão alta nos postos de saúde Parnaíba coloca em risco a vida de quem depende dos remédios fornecidos pelo município. Na Unidade Básica de Saúde Milton Martins Vasconcelos Filho, que fica anexa ao prédio da Prefeitura, no Bairro Pindorama, os pacientes reclamam que falta até seringa para a aplicação de insulina.

“Minha mãe é diabética e não pode ficar sem medicação. Nossos recursos são poucos, mas minha família tem se esforçado pra comprar os remédios dela porque não está dando pra depender do posto. E a gente também ainda tem que comprar as seringas porque faz tempo que eles pararam de fornecer. Só de seringa são 30 por mês que ela usa”, reclama a feirante Mirian Moura.


A problemática foi levada mais uma vez ao Plenário da Câmara Municipal de Parnaíba pelo vereador Carlson Pessoa (PSB), em seu discurso ontem (14), após os pacientes lhe pedirem auxílio. “As pessoas estão morrendo por falta de remédios. Uma gestão que age dessa forma é criminosa. Não vou ficar calado porque as pessoas estão morrendo por irresponsabilidade do governo municipal”, declarou o líder popular.
Carlson Pessoa questionou ainda um relatório apresentado pela Secretaria de Saúde do Município na referida Casa de Leis no início da semana. Conforme o relatório, os serviços de saúde na cidade têm passado por inúmeras melhorias, destacando-se a contratação de profissionais por meio do programa Mais Médicos, entre outras ações. Com a medida, mais parnaibanos estariam tendo acesso facilitado aos serviços prestados pelo município como consultas, realização de exames e medicamentos gratuitos.

“Isso é uma aberração. Esse relatório não condiz com a realidade precária da saúde pública em nossa cidade. São filas enormes nos postos de saúde, faltam remédios. Me pergunto: Os dados apresentados pela secretária de Saúde Maria do Amparo, juntamente com sua equipe são verdadeiros? Não acredito! São números que não expressam a realidade”, indignou-se Pessoa.
O questionamento do vereador esquentou os ânimos dos demais integrantes da bancada. A vereadora Neta Castelo Branco (PPS), rebateu as críticas. “Eu discordo do senhor ao dizer que o balanço apresentado nesta Casa de Leis não é verdadeiro. Falhas na saúde existem, falhas na educação também existem, mas não podemos deixar de reconhecer o esforço feito em benefício da saúde pública em nossa cidade”, disparou a vereadora.
Assim como Neta, o vereador Antônio Alves Cardoso (PT) também defendeu o município ao afirmar que as secretarias têm evoluído na prestação dos seus serviços. “As consultas tiveram um avanço significativo. Tem pessoas que recebem até medicamentos em casa. A relação de remédios fornecidos gratuitamente é imensa. Quero mais uma vez parabenizar o trabalho feito pelo prefeito Florentino Neto, pela secretária Maria do Amparo e pela sua equipe”, defendeu o petista.
O vereador Ricardo Véras (PTC), disse que irá até a prefeitura averiguar porque alguns remédios não estão sendo repassados para a população. Por sua vez, Carlson Pessoa frisou que continuará cobrando melhorias na saúde e solicitará que o problema da falta de medicação seja resolvido com urgência.



Por Luzia Paula

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