Zeca Ribeiro / Câmara dos Deputados
Cunha disse que não está defendendo o distritão, sistema que elege os candidatos a deputado mais votados em cada estado.
O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, acredita que o distritão seja o único modelo capaz de atender às diversas correntes políticas da Casa. De acordo com Cunha, o modelo é também o único capaz de “passar no Plenário”.
A proposta do distritão foi apresentada na comissão especial da reforma política, no relatório apresentado pelo deputado Marcelo Castro (PMDB-PI). Por esse sistema, os mais votados em cada estado seriam eleitos - a eleição para o Legislativo deixaria de ser proporcional e se tornaria majoritária.
Cunha, no entanto, disse que não está defendendo o modelo: “Eu acho o seguinte, se não votar o distritão vai ficar exatamente como está. Eu não vejo outro modelo com condições de passar na Casa. O único que ainda tem alguma chance de passar, na minha avaliação, é o distritão”.
Mudança de opinião
Cunha reconheceu que mudou de opinião sobre o tema. “Eu, em um primeiro momento, fui contra, mas, depois, eu fui convencido. Por quê? Por que é uma lógica que o eleitor entende: os mais votados são eleitos”.
Cunha reconheceu que mudou de opinião sobre o tema. “Eu, em um primeiro momento, fui contra, mas, depois, eu fui convencido. Por quê? Por que é uma lógica que o eleitor entende: os mais votados são eleitos”.
O modelo atual não está correto, disse Cunha. Para ele, o sistema eleitoral proporcional passa ao eleitor uma imagem de que ele está elegendo candidatos desconhecidos, os quais não tiveram o seu voto.
“Você se lembra do [ex-deputado] Enéas no passado? O Enéas trouxe quatro deputados com menos de mil votos. Teve um com 200 votos eleito deputado por São Paulo. Esse modelo não está correto. Esse não é o modelo correto. O eleitor vota em A e elege B”, ressaltou Cunha.
Reportagem - Thyago Marcel
Edição - Newton Araújo
Edição - Newton Araújo
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