Por:Zózimo Tavares
Não pense o deputado Fábio Novo (PT), até aqui o único político do Estado a protestar contra a exoneração do piauiense Nelson Antônio de Souzada presidência do Banco do Nordeste, que a presidente Dilma Rousseff discriminou o Piauí com a sua decisão.
Em primeiro lugar, não foi o Piauí, como afirmou o petista, e sim o Maranhão, o Estado que deu a maior votação proporcional a presidente na eleição do ano passado. E o troco veio logo em seguida: ela acabou a refinaria do Maranhão.
Em segundo lugar, o prejuízo sofrido pelo Piauí não foi tão significativo quanto o do Maranhão. Nelson Souza chegou à presidência do BNB por méritos próprios, sem qualquer ingerência dos políticos do Piauí, que também não moveram uma palha para mantê-lo no cargo. Ou por desinteresse ou porque se avaliaram sem força para isso.
Já os maranhenses, a partir do ex-presidente Sarney, apostavam muito na construção da sua refinaria, lançada pelo presidente Lula. Eles se sentiram traídos pela presidente Dilma com a suspensão do empreendimento e fizeram muito barulho para tentar reverter a decisão da Petrobras.
Com Nelson Souza, o Banco do Nordeste estava assegurando a aplicação de 10% de seus investimentos no Piauí. Isso nunca aconteceu na história do banco. E talvez tal política não se mantenha na nova gestão. Nesse sentido, o protesto do deputado Fábio Novo é pertinente.
Nelson Souza era um executivo a que qualquer liderança política ou empresarial do Piauí tinha acesso sempre que necessitasse. Além de manter as portas permanentemente abertas para os interesses do Estado, ele procurava dar andamento aos pleitos que lhe chegavam.
Esse tipo de tratamento seguramente vai mudar. A nova gestão do Banco do Nordeste chega ao comando da instituição por ingerência política. A indicação do novo presidente é do líder do PMDB, senador Eunício Oliveira, que tem compromisso é com o Ceará e não com o Piauí.
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