Em 21 de abril de 1792, Tiradentes foi
executado pela Coroa Portuguesa, pelo motivo que se revoltou contra a cobrança
do quinto e a prática da derrama. O quinto era um imposto de 20% sobre todo o
ouro produzido no Brasil.
A derrama correspondia à cobrança violenta dos
impostos em “atraso” dos cidadãos, fossem ou não devedores de fato.
Não havendo condições de pagar o
tributo atrasado, a moradia, os equipamentos de trabalho e o que os mineiros
possuíssem de valor deveria ser vendido para quitar o débito.
Alguma semelhança com os dias de hoje?
A única diferença é a de que atualmente é nos cobrado em torno 40% sobre tudo o
que consumimos, ou seja, o dobro do que era exigido na época de
Tiradentes.
A Coroa Brasileira, para cobrar os
tributos, está tirando máquinas industriais, galpões industriais, sede de
empresas, computadores, casas, veículos, e ainda, no final de 2004, aprovou,
através da Lei Complementar 118/2004, a penhora on-line para
débitos tributários, ou seja, agora está tirando o dinheiro depositado na conta
corrente do banco que será utilizado para pagar a folha de pagamento dos
funcionários.
Não é tudo, ainda, o Secretário da
Receita Federal avisa nos meios de comunicação: cuidado, vamos passar como um
“tsunami” para cobrar os devedores, ou seja, coação.
· Ainda
temos que pagar a saúde, a educação, segurança, etc.
Bastaria o governo diminuir os juros da
dívida para 12% ao ano, e economizaria em torno de R$ 60 bilhões, o que
representaria por ano a criação de mais de 600.000 empregos diretos, sem contar
o movimento da economia.
O povo deve se manifestar, contra esses
abusos, e invocar o Art. 1º, da Constituição, parágrafo Único: “Todo o
poder emana do povo, que o exerce por meio dos representantes eleitos”.
Tiradentes não tinha Constituição na
qual se apoiar, ele estava sob o jugo Português, impiedoso e déspota. Não
precisamos ser heróis, muito menos mortos, basta somente dizer um não à
derrama, não aos juros altos, não à estabilidade do emprego público, não às
mordomias, utilizando os sites oficiais. Depois chamam nossa Pátria de “República
das Bananas” e nós, brasileiros, de “macacos”, porque será....?
Paulo Henrique Teixeira é Contador e autor de diversas obras tributárias
e contábeis, entre as quais: Defesa do Contribuinte, Manual de Auditoria Tributária , Auditoria Contábil e Gestão Tributária Empresarial.
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