Nunca havia visto duas
pessoas tão diferentes e distantes pela nacionalidade e formação serem tão
próximas, tão vizinhas e parecidas naquilo que defendem, principalmente quando
o assunto é política, governo e economia. Falo de mim, jornalista brasileiro
nascido nos confins do Piauí e do economista venezuelano Ricardo Hausmann,
diretor do centro para o desenvolvimento internacional da Kennedy School of
Government, da Harvard University.
Hausmann, um dos vários
professores da instituição brasileira Centro de Liderança Pública e que oferece
curso de mestrado, tem na bagagem um vasto conhecimento sobre tudo no Brasil,
como por exemplo, nossa forma atual de como tratar o mercado internacional, a
abertura de oportunidades com as exportações, o protecionismo e as chamadas
políticas públicas, os chamados benefícios sociais que tanto caracterizam o
governo de Lula e continuam no governo de segundo mandato de Dilma
Rousseff.
Eu cá comigo sempre
achei que um dia essa corda iria rebentar e derrubar muita gente dessa rede.
Portanto não foi por falta de aviso. Esse negócio de ampliar programas como o
Bolsa Família, Minha Casa, Minha Vida e outros tantos foram elevados á condição
de estrelas em detrimento das reformas necessárias para que o país continuasse
crescendo, exportando. O Governo Federal meteu na cabeça que a crise
internacional iria ser eterna e levaria economias mais fortes ao desespero. Sob
essa orientação se alinhou a regimes políticos de países mais fechados,
socialistas ou comunistas e praticou o malfadado protecionismo.
Eu acredito que um dos
problemas mais gritantes é o fato do Brasil não ter observado a necessidade de
uma poupança pública. O que é que acontece? O Governo está sempre gastando mais
do que arrecada. E pra alimentar entre outras coisas programas sociais de
natureza eleitoreira naquelas regiões mais pobres, o Norte e o Nordeste. O
Brasil em 2010 cresceu cerca de 7%. A população incentivada pelo governo se
danou a gastar. O governo de Dilma Rousseff lançou mão de um artifício muito
particular como a renúncia fiscal para alguns produtos, especialmente da linha
branca, automóveis e até material de construção.
Então todo mundo achou
que estava crescendo. Todo mundo iria, vamos dizer, mudar no mapa da hierarquia
socioeconômica: quem estava rico iria ficar milionário, o remediado iria ficar
rico, o pobre iria ficar remediado, o lascado iria ficar pobre e o mais lascado
teria por exemplo condições de finalmente poder comprar alguma besteirinha no
Armazém Paraíba. O povo Se danou a comprar tudo o que era de quinquilharia
confiando em dinheiro de programas de governo. Agora está todo mundo, quer
dizer, o Governo Federal, endividado e quase correndo pra agiotagem. A
presidente Dilma Rousseff tem é corrido estreito nestes 120 dias de seu segundo
mandato. Desde o início que eu vinha avisando: tinha tudo pra dar errado. E
deu.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Comente essa postagem
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.