6 de abr. de 2015

O Parnahyba Sport Club volta a respirar

Por:Benedito Gomes(*)


Prestes a completar 102 anos de existência o Parnahyba Sport Club, único time de futebol profissional da cidade, sempre teve sua saúde financeira fragilizada. Nunca, porém, como nós últimos anos, após o desaparecimento daquele que mais se dedicou ao Tubarão do Litoral: Pedro Alelaf, que deixou como patrimônio do time um estádio (Petrônio Portela) e uma sede.
Acumulando débitos, anos após anos; praticamente vivendo da ajuda financeira que vinha sendo dada pela Prefeitura, foi um verdadeiro chute no estômago daqueles que dirigem o time a notícia de que o município não mais poderia “patrocinar” a agremiação. Isso depois de meses, anos de espera, sobrevivendo de promessas, fazendo empréstimos e contentando-se com algum apoio financeiro dado por alguns poucos empresários locais que ainda apoiam este tipo de iniciativa. Destaque-se neste rol as empresas "I N Irrigação" e "Ultragáz".
Após os 2 primeiros anos da gestão Florentino Neto, em que o Parnahyba deixou receber o “patrocínio da Prefeitura”, tudo levava a crer que o azulino não teria condições mínimas de participar do Campeonato Piauiense, versão 2015. E haja expectativas, reuniões de diretoria, apelos para o deputado federal Paes Landim; busca de patrocínios junto ao Banco do Nordeste, enfim, uma verdadeira via-crucis foi percorrida.
Neste ínterim não foi uma e nem das vezes que o atual presidente do time, Batista Filho, anunciou desistir da cruz que lhe puseram às costas. “Vou entregar, não dá mais”, dizia o Batista. Para completar, sequer estádio para disputar as partidas o Parnahyba possuía, porque não obstante a Prefeitura haver deixado de ajudar o time, havia abandonado também o estádio municipal. Mas, parece que os céus começaram conspirar em favor do time mais querido do litoral. Enfim, uma luz no fim do túnel...
Embora ainda “contando moedas”, o Parnahyba está no campeonato, muito bem na fita, com a ajuda de muitas pessoas de boa vontade. A começar pelo Presidente da Federação das Indústrias do Piauí, Zé Filho, que deu o estádio “Verdinho” para que as partidas pudessem ser disputadas na cidade. Cedeu ainda um ônibus bem equipado, para os deslocamentos do time à capital, o que era feito anteriormente com grandes dificuldades, dependendo da “vaquinha” entre dirigentes e torcedores, para custearem o aluguel de transporte que não saia por menos de R$ 3.000,00 (três mil reais) por viagem. E mais: Os 10% que eram cobrados pelo aluguel do estádio, Zé Filho dispensou, revertendo a favor do azulino.
Afora essa grande ajuda dada pelo presidente da FIEPI, Zé Filho, da qual não fez propaganda, o também empresário Valdeci Cavalcante, presidente da FECOMÉRCIO, comprometeu-se a pagar o treinador do time (o que vem cumprindo), que era outra grande preocupação para os dirigentes. E, finalmente, a partir deste mês, parte dos vereadores comprometeu-se a dar uma ajuda de R$ 300,00 (trezentos reais) por mês, como forma de contribuir para que “nosso” Parnahyba represente bem a cidade no campeonato piauiense. Dos 17 vereadores, são colaboradores:Gustavo Lima, Neta Castelo Branco, Foguinho, Bernardo Rocha, Diniz, Astrogildo, Gerivaldo, André Neves, Carlson Pessoa, Renatinho, Geraldinho e Cardoso. 
Mas a sorte dos dirigentes do Tubarão vai além. Já por dois meses – janeiro e fevereiro, graças a uma campanha da Prefeitura para incrementar a arrecadação,  o Parnahyba é contemplado com a quantia de  R$ 25.000,00, da campanha da prefeitura:  “Nota Fiscal Parnaibana: Vista a Camisa de Parnaíba!” . Segundo o presidente Batista Filho, é com esse dinheiro que vem sendo paga a folha de pagamento dos jogadores. Sem dúvida, esta também é uma forma do município voltar a colaborar com o time.
E assim o Parnahyba segue vivendo, até porque é o time do Piauí que mais arrecada em partidas que realiza. Que os momentos de “sufoco” sejam estímulos para que novos caminhos sejam encontrados para o futuro. O que não pode é o glorioso Parnahyba Sport Club morrer de inanição.

EM TEMPO:Para turbinar o "caixa", o Parnahyba lançou também o programa do "sócio-torcedor".

(*)Benedito Gomes
Contador (UFPI)

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