Desde o final do ano passado a estiagem que resultou na seca da Lagoa do Portinho virou tema de debates entre autoridades, e preocupação para os comerciantes que têm sua renda familiar oriunda da atividade turística, que o local proporcionava. Problemas naturais como falta de chuva e movimentação das dunas, além de denúncias que indicam a intervenção do homem, estão entre as principais suspeitas da ocorrência do problema.
Entretanto, ainda sem medidas oficiais que visem a revitalização da Lagoa, por parte do poder público, o cenário começa a mudar, e os primeiros sinais de reaparecimento de água surgiram após as chuvas que banharam a região Norte do Estado durante o último mês.
“Ainda não houve nenhuma providência, só a divina. Estive no mês de março na Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semar), e nada foi feito ainda, nem sequer uma reunião da comissão gestora, que foi criada na audiência pública que discutiu o tema na Câmara Municipal de Parnaíba. Ficou combinado que a Semar iria coordenar esse comitê gestor”, lamenta o vereador Carlson Pessoa, que acredita também que se o volume que há hoje na lagoa for duplicado, ainda assim ele deve durar no máximo até o mês de novembro.
Ainda de acordo com o vereador, esse é o momento de tomar as medidas que foram elencadas, como as obras de reabertura das dunas, que por conta das chuvas foram paralisadas. Além disso fazer a tubulação para que o Rio Portinho abasteça a Lagoa nas marés altas, desobstrução dos barrageiros já identificados, e ainda jogar água do Rio Parnaíba passando pelos tabuleiros litorâneos. “A não ser que tenhamos um inverno atípico ao que temos. Mesmo assim, acredito que não seja o suficiente para reverter a situação da Lagoa, pelo menos até o momento. Hoje ela está apenas sobrevivendo, ela não saiu da UTI”, finaliza Carlson. (O Olho.com)
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