16 de abr. de 2015

Estudantes da UFPI caem no “golpe da revista” em Parnaíba


Alguns estudantes do campus Ministro Reis Velloso da Universidade Federal do Piauí (UFPI) em Parnaíba, litoral do Piauí, afirmam que foram vítimas na semana passada de vendedores que aplicam o “golpe da revista”. A ação é rápida e o grupo se diz ser representante de uma grande editora. Segundo relatos, o universitário é atraído pela quadrilha com a promessa de um brinde.
Segundo informações de testemunhas, o grupo afirma que a pessoa só ganhará o brinde se realizar a compra de um exemplar de revista utilizando um cartão de crédito. Segundo um estudante que não quis se identificar, é neste momento que os supostos vendedores copiam as informações do cartão e utilizam para aplicar o golpe posteriormente.

“Eles ficaram no local durante todo o dia. Abordavam e ofereciam uma revista para ser comprada com um cartão de crédito. Os vendedores tentavam convencer a pessoa a realizar a assinatura da revista. Após não conseguir, o grupo pedia o endereço da vítima para enviar exemplares gratuitos. Observamos que eles estavam em um Celta de cor prata com placas de Fortaleza-CE”, explicou o universitário.

Após ser informada de tal atitude dentro da UFPI em Parnaíba, a direção da universidade solicitou que os seguranças retirassem os vendedores do local. Segundo o diretor Alex Marinho, é preciso ter uma autorização para realizar qualquer tipo de atividade dentro do campus que não seja ligada ao universo acadêmico.

“Esse grupo esteve no campus sem autorização. A partir do momento que fomos informados, os colocamos para fora. A partir de agora seremos mais severos e iremos proibir a entrada desses vendedores de livros e revistas”, garantiu o diretor do Campus Ministro Reis Velloso da Universidade Federal do Piauí, Alex Marinho.

O golpe é bem conhecido em todo o Brasil. Na maioria das vezes, os criminosos utilizam os dados do cartão de crédito da vítima para realizar grandes compras. Em Parnaíba, os estudantes já sabem que tiveram suas informações pessoais copiadas, porém ainda não foram lesados como na maioria dos casos. De acordo com o delegado regional de Polícia Civil, as investigações já foram iniciadas e terão duas frentes.

“Nós raciocinamos de duas formas. Se a pessoa fornece esses exemplares gratuitamente como uma forma fraudulenta de se apossar desses dados do cartão de crédito da vítima, poderia em tese se constituir um estelionato. Agora, se de fato esta amostra grátis é utilizada para ludibriar o cliente para uma assinatura indevida, já estaríamos diante de uma relação de consumo”, explicou o delegado Rodrigo Moreira, titular da delegacia regional.
Por Kairo Amaral/Proparnaíba

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