Em entrevista, o jornalista Arlindo Leão (ex-secretário de Turismo de Parnaíba), disse entre outros assuntos voltados para o desenvolvimento da região que o Castelo do Tó, que por algum tempo serviu de Casa do Papai Noel e funcionamento de várias secretarias municipais, voltou para os parnaibanos. Hoje pertencendo ao empresário Valdeci Cavalcante, Presidente do Sistema Fecomércio-PI, será reaberto para a população através de restaurante e buffet de primeira linha. Saiba mais sobre o Castelo:
O Castelo do Maracujá
A história do Castelo começa com a morte do Sr. James Clark, em fevereiro de 1930. Após alguns meses do padecimento de seu pai, Antônio Clark decide fixar residência na Europa, mais precisamente na Alemanha. Algum tempo depois, frente a um grande encargo de responsabilidade, seu irmão, Séptimus, o convida para dirigir os negócios da família, como sócio da Casa Inglesa. Em abril de 1931, Antônio, em Parnaíba, abandona a profissão de engenheiro e segue, firmemente, na carreira do comércio. Em sua cidade natal recusa o convite de morar no luxuoso sobrado de sua família, na então Rua Grande, e resolve construir a sua própria residência, inspirada na cultura medieval europeia.
O “Castelo do Maracujá”, como assim foi batizado por seu dono, durou quatro anos para ser construído, tendo sido iniciado em 1935. Benedito Melquiades de Farias foi o perito mestre que concretizou o projeto. Historicamente falando, foi a primeira residência do norte do Brasil a ter uma piscina com aproximadamente 150 metros cúbicos de água – inaugurada em ato solene no dia 28 de setembro de 1939, seis meses após o casamento de Antônio Clark. Até hoje, é a única construção de nossa região com tal arquitetura.
Localizado em um terreno de formato parecido com um triângulo retângulo, o Castelo do Maracujá (ou “de Tó” – como citado na cultura popular), possui nove cômodos distribuídos em três salas, uma cozinha, uma área de serviço, um banheiro, três quartos e uma suíte. O acesso se dá por meio de duas portas de aspecto medieval, trabalhadas possivelmente em madeira frejó, que vinha do Pará e servia às famílias de posse de Parnaíba. A sua única torre possui aproximadamente 10 metros de altura (Fonte: Daniel C. B. Ciarlini, O Piaguí Culturalista, eds. 8 e 10 (junho e agosto de 2008 - adaptado).
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