18 de fev. de 2015

PIAUÍ: Mais analfabetos, menos internet, mais mortalidade

É fato que todos os estados brasileiros na última década evoluíram frente ao momento da economia no período, à intensa abertura do crédito fácil - que hoje endivida muitas famílias - e por conta dos programas sociais. Alguns desses estados, claro, cresceram mais do que outros. E alguns que cresceram, como é o caso do Piauí, não evoluíram o suficiente para se livrar de índices vergonhosos.
Um minucioso estudo da consultoria de gestão Marcoplan - empresa especializada em planejamento - , divulgado último ano pela Exame, a maior e mais conceituada revista econômica do Brasil, pertencente à editora Abril, evidencia os gargalos do estado piauiense. No chamado “ganho líquido de posições”, ele ocupa a 9º colocação “comparando as diferenças de posição em 59 rankings de estatísticas dos estados ao longo de dez anos”. Pernambuco é o 1º. No entanto, o Piauí precisa crescer muito em termos gerais.
“A Marcoplan avaliou as 27 unidades da federação em um conjunto de 69 indicadores – o que gerou 59 rankings. Assim, mapeou os desafios dos 11 governadores reeleitos e dos 16 nomes que assumirão a partir de 1ª de janeiro de 2015”, diz a revista. No Piauí, Wellington Dias assume pela terceira vez, após passar quase 8 anos no poder, de 2003 a 2010, ano em que saiu do Palácio de Karnak para disputar o Senado.
Entre as estatísticas analisadas encontram-se educação, saúde, segurança, infraestrutura e desenvolvimento. Nos 59 rankings o Piauí só é citado em seis ocasiões como integrante do grupo de cinco melhores classificados dentre os 27 estados, ficando em 14º, empatado com Acre e Amapá, deixando para trás outros 11 estados na análise geral. Muitas dessas unidades federativas ficam empatadas nas suas respectivas posições.
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Já quando o assunto são “más colocações”, o número de vezes em que o Piauí é citado entre os cinco piores o leva a ser lembrando em 22 citações dos 59 rankings, ganhando somente de Alagoas (31 citações), Pará (31 citações) e Maranhão (29 citações). Tirando as 6 citações positivas e as 22 negativas, nas demais que completam os 59 rankings, o estado piauiense fica em posições intermediárias, direcionado mais para o extremo negativo.
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SEGURANÇA É CONSIDERADA BOA, COMPARADA COM DEMAIS
Entre os quesitos divulgados na revista como bons, encontra-se a Segurança Pública. Em taxa de homicídio, o Piauí, comparado com as outras 26 unidades federativas, aparece em 3º dentre os cinco melhores. E por quê? Porque possui um taxa de homicídio de ‘somente’ 17,2 por cem mil habitantes.
O ‘melhor’ em termo de Brasil, no entanto, não segue os padrões internacionais. A Organização Mundial de Saúde considera ‘aceitável’ somente uma taxa que expressa no máximo 10 mortos a cada 100 mil habitantes.
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Santa Catarina é o melhor estado em número de homicídios, com índice de 12,8. Alagoas, onde a Força Nacional já atuou em duas ocasiões, é o pior estado, com índice de 64,6 a cada grupo de 100 mil habitantes. O vizinho Ceará possui taxa de 44,6. Em relação a 2001 a taxa de homicídios no Piauí cresceu 58%.
EM QUE O PIAUÍ É PIOR
Dentre as 22 citações entres os cinco piores estados, dos 59 rankings de indicadores sociais e econômicos, a revista Exame torna público 4. São os que recheiam essa matéria.
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Repórter: Rômulo Rocha
Publicado Por: Apoliana Oliveira

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