12 de fev. de 2015

“O que falta na segurança é planejamento estratégico” – diz delegado Eduardo Ferreira

                      Eduardo Ferreira - diretor da Penitenciaria Mista

O atual diretor da Penitenciária Mista de Parnaíba, delegado Eduardo Ferreira, fez uso da palavra durante audiência pública que discutiu na Câmara problemas de segurança pública em Parnaíba para traçar um perfil bastante pessimista com relação às soluções a serem encontradas, a curto prazo, para se conter o avanço da violência no Estado.
Eduardo Ferreira elencou várias deficiências no sistema de segurança pública no município, lamentando que a cidade não disponha, por exemplo, de um perito. “A liberação de corpos no IML é um negócio traumático. Há uma Central de Flagrantes funcionando muito precariamente; Existiam 13 delegacias nos municípios do entorno de Parnaíba, não tem mais. Houve um desmonte. Hoje o preso de Luiz Correia tem que vir para Parnaíba; Não houve renovação no contingente. São os mesmo 50 homens de 6 anos atrás, 70% com mais de 20 anos de serviço. Quando cheguei em Parnaíba tinha PPO (Posto de Policiamento Ostensivo). Foram fechados e ninguém levantou a voz. Quem falou foi punido na secretaria”, disse o delegado.
Para Eduardo Ferreira, o problema da violência no Piauí não se resolve com a vinda da Guarda Nacional.  “Não adianta Guarda Nacional. O que falta na polícia civil é planejamento estratégico”, citou, lembrando que a polícia está encolhendo enquanto a violência cresce.
Com relação à Penitenciária Mista de Parnaíba Eduardo Ferreira disse que ali é um verdadeiro barril de pólvora. “Foi uma penitenciária concebida a partir de um mercado velho abandonado, construída na área urbana da cidade, com uma população carcerária de 400 detentos, sendo 300 provisórios e 100 sentenciados. Dos sentenciados, 30% tem direito de progressão de regime. Se condenados eram para ir para a Major César, em regime semiaberto”, declarou.
Ele defendeu como uma das saídas para a redução da criminalidade a implantação do sistema de monitoramento, desde que houvesse uma ação integrada com a iniciativa privada. “Hoje não temos uma câmera, na segunda maior cidade do Estado”. (Blog do Bsilva)

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