Muitas pessoas conhecem o mosquito Aedes Aegypti como responsável por transmitir a dengue. O que muitas pessoas não sabem é que além dessa doença viral, o mesmo mosquito pode transmitir a febre Chikungunya. Os sintomas dessa doença são semelhantes aos da dengue, com febre alta que aparece de repente, erupções na pele, conjuntivite e dores nas articulações. Entretanto, ao contrário da dengue, a febre Chikungunya não causa hemorragia.
Antigamente, a febre Chikungunya estava confinada ao continente africano. Entretanto, ela tem migrado para as Américas, Europa e Ásia, o que tem preocupado as autoridades de saúde. Com a chegada do verão e da estação chuvosa no país, a proliferação do mosquito transmissor aumenta, e os cuidados devem ser redobrados para evitar tanto a dengue quanto a febre Chikungunya.
No último dia 4 de novembro, o ministro da Saúde, Arthur Chioro, anunciou a Campanha Nacional de Prevenção contra o vírus da dengue e também contra a febre chikungunya. O dia D de mobilização nacional acontece em 6 de dezembro, com reforço do dia 7 de fevereiro de 2015. Serão divulgadas orientações à população sobre como evitar a proliferação dos mosquitos causadores das doenças e alertas sobre a gravidade das enfermidades.
De acordo com o ministro, a campanha busca orientar a população e mostrar que a responsabilidade por evitar a transmissão das doenças não é só da prefeitura, mas de todo cidadão. As duas doenças são transmitidas de maneira semelhante, através da picada do mosquito e, portanto, são combatidas de maneira semelhantes, com medidas que não permitam que o mosquito se reproduza. Ações como evitar que água parada e limpa se acumule em pneus, garrafas, calhas, vasos, etc, são encorajadas pelo Ministério da Saúde.
Os resultados das campanhas anteriores foram positivos. Dados do Levantamento Rápido do Índice de Infestação de Aedes Aegypti (LIRAa) mostram quem houve redução de 61% dos casos de 2014 em relação a 2013. Em 2013, 1,4 milhão de casos foram registrados, versus 560 mil casos em 2014. Além disso, houve diminuição de 41% da mortalidade por dengue no país. A expectativa é que o número caia ainda mais em 2015 com as novas campanhas.
Tratamento
Ambas as doenças ainda não contam com tratamento específico. Apenas os sintomas são combatidos com analgésicos e antitérmicos que não sejam à base de aspirina. Vacinas têm sido testadas em humanos contra a dengue em institutos públicos brasileiros em parceria com indústrias farmacêuticas privadas. Segundo o laboratório Sanofi Pasteur, a vacina teve eficácia de 60,8% em um estudo com quase 21 mil crianças e adolescentes na América Latina e Caribe, incluindo o Brasil.
Quer saber mais sobre a dengue e como preveni-la? Leia nossa página completa aqui.
Texto escrito por Matheus Malta de Sá (farmacêutico). Fonte: Ministério da Saúde do Brasil. Fotos: Criasaude.com.br
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