O governo do Piauí criou uma comissão para elaborar um programa de parcerias público-privadas e já até elencou obras que poderiam ser colocadas neste tipo de relação entre Estado e setor privado. Há, porém, um problema: é fundamental que se tenha estudos de viabilidade econômico-financeira para as obras e serviços que o governo deseja ver tocados pela iniciativa privada. Talvez a primeira lição a ser aprendida é a de que vivemos num país capitalista e que investidores só colocam seu rico dinheirinho onde haja segurança jurídica e garantia de retorno do que foi aplicado. Ora, algumas das obras elencadas – porto e rodovia de Luís Correia, Rodoanel de Teresina, rodovia Transcerrados – são obras caras e de duvidosa capacidade para remunerar o capital nelas investido. São muito mais obras estruturantes. No caso do porto e rodovia de Luís Correia, são muito mais uma vontade desejosa de quem senta na cadeira de governador que um projeto sustentável. Dificilmente alguma empresa se interessará. O Rodoanel de Teresina é uma obra de mobilidade urbana e certamente seria tanto embaraçoso quanto improvável cobrar-se pedágio neste trecho de estrada. Resta a Transcerrado, mas a estrada tem o condão de servir para uma espécie de espinha dorsal para o desenvolvimento da região Sudoeste do Piauí, que concentra mais de 90% da produção de grãos do Estado. Investir R$ 200 milhões naquela estrada, com recursos públicos e não via PPP, representa abrir uma vasta área para produção e crescimento econômico em curto prazo. (Portalaz)
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