12 de jan. de 2015

Políticos são responsáveis pela baixa industrialização no Piauí.



Não tem quem me tire da cabeça de que essa miséria, esta, com licença da palavra, esta desgraça em que vive o Piauí enterrado há décadas tem como responsáveis principais seus políticos. Dizendo isso eu não estou acrescentando nenhuma novidade pra aqueles que sabem das nossas dificuldades. Políticos piauienses são na essência, políticos de carreira. Política num estado pobre como o Piauí é profissão, coisa de família, de raiz, herança.
Poucos políticos no Piauí tem comprometimento com a classe empresarial, principalmente a indústria, que é no meu parco entendimento, a base da economia de qualquer estado, universal, a atividade que emprega mais gente, renova e estimula o comércio pela oferta dos bens de consumo e acima de tudo exige uma renovação da tecnologia. Mas ao que parece os políticos desconhecem estes preceitos. Desconheço aqui no Piauí este ou aquele político, bem sucedido, bom empregador, vindo da classe empresarial.

O Piauí já perdeu e não foram poucas as chances imensas de crescimento porque não tem entrosamento nenhum com a classe empresarial. Governadores, deputados estaduais, federais e senadores, desde que o Piauí é este estado de calamidade e de miséria, nunca tiveram audácia suficiente pra avançar em políticas de incentivo ao desenvolvimento. E olhe que já foram várias as leis de incentivos fiscais incorporadas ao cotidiano, mas ao que parece, pouco ou nenhum efeito positivo tem ou tiveram.
Mas voltando ao perfil dos políticos piauienses, doloroso é repetir, poucos têm aptidão ou vem de alguma atividade produtiva. São políticos de carreira, desses que somente pensam e vivem correndo atrás de eleição. Não tem comprometimento com a iniciativa privada e quando têm, é somente pra tirarem vantagens. E se esses políticos desconhecem os mecanismos da complexa atividade geradora de riqueza, a indústria e o comércio, eles certamente são responsáveis pela pobreza do Piauí.

O Piauí ainda é um estado aonde ainda é preciso que se viva ensinando as pessoas a fazerem isso ou aquilo. É difícil se ver alguém montando uma fábrica de picolé, de doces, redes, chapéu de palha, cajuína ou até mesmo de farinha de mandioca e que se gera riqueza e emprego. No Piauí se perdeu essa ambição, esse tino da livre iniciativa. Ninguém quer acreditar no sucesso de um empreendimento. Então todo mundo corre pra debaixo da cobertura do estado porque o estado é um imenso e seguro guarda-chuva.

Muitos empresários preferem esconder dinheiro, especular em atividades de baixo risco ou, o mais grave, investir lá fora, às escondidas. Mas até que eles têm razão. O Piauí não tem energia elétrica de qualidade, abastecimento de água regular, não tem rede de estradas em condições de trafegabilidade e tem baixa ou nenhuma cobertura nas áreas de saúde e segurança, enfim, uma montanha de defeitos difíceis de solução. Porque os políticos piauienses por sua vez são os piores exemplos de desarticulação e desentrosamento com a classe empresarial. 

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