Quando o secretário diz que está preocupado com uma solução para a lagoa voltar a ter água, imagino duas vertentes: uma de caráter religioso e outra de caráter prático. No aspecto religioso, seria rezar em procissões e santas missões, assim como fiz quando criança acompanhando Frei Damião na década de 80, para amenizar nosso sofrimento da falta de água. O outro de caráter prático seria o abastecimento com água do Rio Parnaíba, através da estrutura disponível no Perímetro irrigado Tabuleiros Litorâneos, uma solução simples, barata, eficaz e de baixíssimo impacto ambiental. A transformação da Lagoa em Parque Ambiental foi explicitado como uma ação para limitar a exploração econômica de seu entorno e obviamente isso é uma solução de médio e longo prazo, entre a decisão de fazer e sua implementação. O disciplinamento da ocupação e uso do solo da lagoa e de seu entorno, com a legislação vigente, já seria um grande avanço. Fora disso é forma polida de se ganhar tempo e aguardar-se uns três bons anos de inverno, o que segundo as previsões só deve ocorrer dentro dos próximos quatro anos. Programas sérios de contenção de dunas, determinação da capacidade de carga, recuperação da vegetação ciliar, desassoreamento, são bem vindas, mas também são soluções de médio e longo prazo.
Josenilto Lacerda - Engenheiro e produtor do Ditalpi
Veja entrevista do secretário Ziza Carvalho no link:
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