28 de jan. de 2015

Estado descumpre lei da Regulação de Leitos e pacientes não são atendidos

Os médicos do estado do Piauí não estão cumprindo com o procedimento exigido por lei que estabelece a transferência de pacientes por meio da Central de Regulação de Leitos. Pacientes do interior do estado, encaminhados ao Hospital de Urgência de Teresina (HUT), estão retornando ao município de origem sem atendimento. O problema, segundo a diretoria do hospital, acontece por falta do documento com registro numérico emitido no procedimento de cadastro na Central, o que garantiria a instalação do paciente em um leito na unidade de saúde.

Por dia, aproximadamente 26 pacientes chegam do interior do estado no pronto socorro sem o documento. Pela falta do registro na Central, o aposentado de 72 anos, João Gonçalves Paixão, que em dezembro do ano passado foi encaminhado para o HUT com um problema na mão e passou três horas na porta do hospital sem atendimento, morreu dois dias quando foi encaminhado de volta ao município de origem.

Revoltada, a irmã lamentou a perda do irmão. “Ele chegou em Pedro II, atenderam ele, fizeram uma cirurgia sem sucesso e depois tiveram que amputar o braço dele. Dois dias depois ele morreu. Perdi meu irmão porque nenhum médico no HUT não agiu”, disse a irmã.

O documento com a senha só é gerado após um contato feito entre o médico do hospital do município de origem do paciente e a Central de Regulação de Leitos. De acordo com a coordenadora da Central de Leitos, Luciene Formiga, o médico informa à Central a situação do paciente, emite o número de registro e o documento necessário para o encaminhamento adequado do paciente. Ainda segundo ela, o procedimento é rápido e dura apenas cinco minutos.

Segundo o diretor do Hospital de Urgência de Teresina, Gilberto Albuquerque, o problema de o hospital não receber pacientes sem a documentação e o registro da Central de Regulação de Leitos, se refere ao não cumprimento das normas exigidas em lei por parte dos médicos.

“Antes de implantar a regulação de leito no Piauí, nós fizemos esse trabalho durante quatro meses dando informações aos hospitais, aos diretores, médicos clínicos e toda a equipe, enviando normas direto para o conselho de medicina e ministério da saúde para que todos tivessem conhecimento sobre os procedimentos necessários e infelizmente nossos colegas de trabalho não cumprem com o recomendado”, disse o diretor.
Fonte: G1

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