Renomado economista brasileiro o parnaibano, Raul Veloso - Em defesa do novo modelo

Como a grande maioria dos analistas, temi que o governo tardasse a reagir à situação de intranquilidade econômica que se abateu sobre o País logo em seguida às eleições deste ano. Isso fica claro na entrevista concedida à revista Conjuntura Econômica da FGV-Rio, que vem em seguida. A indicação, logo em seguida, de Joaquim Levy para ministro da Fazenda, acompanhado de Nelson Barbosa e Tombini, no Planejamento e no BC, demonstrou, contudo, aquilo que tinha visto muitas vezes durante o período em que atuei em vários governos. Acuados, os governos reagem, para sobreviver. O instinto de sobrevivência acaba prevalecendo e pelo menos algumas providências corretas são adotadas.

O anúncio de novas metas fiscais para os próximos anos trouxe um pouco de tranquilidade à área fiscal, ainda que muitos duvidem da real capacidade de Levy convencer o governo a adotar as duras medidas que terão de ser postas em prática a fim de conseguir o cumprimento das metas. Penso que o embate será duro, mas o segundo governo Dilma não terá outra saída: terá de fazer o ajuste. No mais, ainda é cedo para avaliar se as mudanças de modelo que são requeridas para pôr o País de novo no trilho do crescimento serão efetivamente adotadas. Esperemos que sim.

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