O Sistema Eleitoral adotado no Brasil enfraquece os partidos e fulaniza as eleições, dando mais destaques às pessoas que aos programas partidários. E depois de eleitas parte dessas pessoas se agrupam em blocos partidários, verdadeiras “manadas” de parlamentares.
Por aqui, temos eleições majoritárias somente para a escolha de presidente, governadores, prefeitos e senadores. Ou seja, para estes cargos, ganha o candidato que obtiver a maioria dos votos, o que de certa forma justifica a disputa personificada. E nessa eleição se justifica uma coligação partidária, pois esses partidos serão naturalmente chamados para compor a equipe de governo.
Para a escolha de deputados federais, estaduais e distritais (eleitos em Brasília), além de vereadores, o Sistema adotado é o proporcional com lista aberta. Isto quer dizer que as cadeiras nas câmaras e assembléias são distribuídas entre os partidos de acordo com a proporção de votos obtida por cada um deles. Como a lista é aberta, as siglas definem quem são os seus candidatos e, quando os eleitores votam em determinada pessoa, eles na verdade estão dando o voto a um partido. Escolher um candidato neste caso é apenas como indicar uma preferência na ordem de ocupação das cadeiras. E nessa eleição nada justifica uma coligação partidária antes e nem formação de blocos partidários depois de eleitos.
Por conta deste sistema de lista aberta, é que a eleição no Brasil, apesar de ser proporcional, virou uma disputa entre indivíduos, portanto é preciso receber os votos dos eleitores nominalmente para ter prioridade na ordem de ocupação dos assentos nos Parlamentos. Então os candidatos disputam não só com os nomes de outros partidos, mas com os colegas de sua própria legenda partidária.
(Matias Sene).
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