6 de dez. de 2014

O turismo sai perdendo.


A morte em circunstâncias violentas de Edilson Morais Brito e de Mateus Portela ocorrida no final desse mês de novembro deve abrir nos meios empresariais de Parnaíba, especialmente no meio de turismo, questionamentos do tipo, para onde devem caminhar a partir de agora as manifestações sobre investimentos públicos e privados em se tratando de assegurar neste setor aquela reserva de atividade que garantiria a médio e longo prazo a estabilidade econômica desta região do Piauí.

Estes empresários eram dentro da atividade do turismo receptivo em Parnaíba os dois maiores e melhor estruturados e, acrescente-se a isso, com mais tempo e experiência no mercado. Os outros, bem menores, ainda devem levar muito e muito tempo para absorver todas as lições e as oscilações da economia e da conjuntura política nacional e internacional para, com o tempo terem condições de caminharem com suas próprias pernas. Portanto esta ocorrência quebra um tijolo estratégico no muro da atual economia parnaibana.
A atividade turística e as estruturas aqui encontradas estavam de certa forma se formatando, para usar uma expressão destes dias de mundo virtual. Havia uma ainda demorada adequação de todos os equipamentos para que esta atividade pudesse logo ser melhor lucrativa e mostrasse que é possível uma atividade tão remota aqui dar frutos e dos bons numa região econômica e geograficamente ainda inexplorada. Estávamos caminhando para chegar a um grande porto e de onde depois alcançaríamos melhores expectativas de negócios e investimentos de outras terras e outros capitais.
Não deu ainda dessa vez. Ainda vai levar muito tempo para que se reestruture a máquina que se estava criando. Ainda vai levar muito tempo para que outra geração de empresários retome e refaça toda essa atividade interrompida. Não é tarefa de se achar assim do dia para noite que esteja pronta. Serão anos e mais anos trabalhando e utilizando todos os canais possíveis e imagináveis para que um dia, talvez não assim tão distante esta atividade turística volte a ser atraente.

Mas devemos lembrar que os motivos sejam lá quais tenham sido não devem inibir iniciativas ousadas que possam neste momento estar se desenhando. As políticas de governo devem antes de tudo ser convidativas e atraentes a ponto de dentro em breve ter superado deste infausto acontecido.

Devemos lembrar que embora se acredite que há um ou tantos problemas a serem solucionados nada justifica os gestos de revolta ou que às vezes nos fogem da racionalidade. Devemos ajudar a todos que estão neste momento ansiosos para voltar a ter esperanças. Que o Natal seja um momento de uma profunda reflexão sobre a esperança que está chegando. E que o Ano Novo seja o início de novos caminhos, mais seguros e mais fraternos. 

Por Pádua Marques
Jornalista e Escitor 

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