7 de nov. de 2014

Opinião: PIAUÍ QUEBRADO

Desde a época das tradicionais oligarquias o estado do Piauí sempre foi deficitário em suas contas públicas. Em certa época o governo estadual tomava emprestado dinheiro dos empresários parnaibanos como adiantamento do recolhimento de impostos para honrar o pagamento da "folha do funcionalismo público".
Até o Governo dos Militares de 1964, os governantes piauienses saiam daqui, primeiro para o Rio de Janeiro e posteriormente para Brasília mendigando por verbas federais que quando conseguidas se perdiam em parte, no trajeto de lá para cá.
Graças a efetiva e séria visão do então Ministro Reis Velloso e durante o primeiro governo de Alberto Silva começou a haver uma reversão dos viciados procedimentos oligarcas e o estado passou a se enquadrar num modelo de gestão eficiente. Sucedeu a Alberto Silva, o governador Dirceu Arcoverde, homem sério e honrado, que deu prosseguimento às práticas por aquele iniciadas além de contar ainda com a colaboração do Ministro Velloso.
Depois de Dirceu o Piauí volta às práticas que já havia eliminado e os contornos oligarcas reiniciavam uma moldura à gestão eficiente não ainda totalmente consolidada.
De lá para cá, com exceção do governo de Freitas Neto, começou o desmonte do Piauí que tentava se firmar como um estado sustentável. Foram "torrando" seu patrimônio: TELEPISA, CEPISA, BEP, e sucateando a EMATER, a PIEMTUR, a AGESPISA e outros órgãos com capacidade de promover o desenvolvimento do estado.
Empréstimos externos passaram a ser a "salvação da pátria", muitos deles sem finalidades cuidadosamente planejadas, outros tantos com desvios de finalidades e alguns sem seque se "saber" oficialmente onde foram parar.
Resultado. O Piauí continua com os mesmos vícios administrativos e de corrupção que promoveram a letargia do seu progresso ao longo do tempo.
Os "rombos" que cada governo que se inicia "primam" em alardear não são de hoje, há muito tempo já são práticas comuns nos governos onde seus mandatários são contumazes em práticas delituosas à luz dos órgãos de controle, internos. externos e sociais. 

Por Renato Santos Júnior
Empresário

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