Policiais federais de cinco estados e do Distrito Federal entrarão em greve a partir da meia-noite da próxima terça-feira. A decisão foi divulgada nesta quinta-feira, após assembleias realizadas pelos servidores do Rio de Janeiro, Distrito Federal, Rio Grande do Norte, Maranhão, Santa Catarina e Alagoas, que vão parar suas atividades por 72 horas — quarta, quinta e sexta-feira da semana que vem — em protesto contra a Medida Provisória 657, publicada na terça-feira, no Diário Oficial da União (DOU).
A categoria é contra a MP, que exige de candidatos ao cargo de delegado da PF três anos de experiência jurídica ou policial, além da formação em Direito, que já é solicitada nos concursos. Os sindicatos dos outros estados do país devem decidir até amanhã se vão aderir à paralisação.
A Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef) considera a MP 657 uma quebra de acordo por parte do governo, já que, antes, ela era apenas uma emenda da MP 650 — essa, sim, defendida pela categoria por regulamentar a exigência de nível superior para os policiais e estender a eles o reajuste de 15,8%, que em 2012 foi concedido ao funcionalismo federal, mas não para os policiais porque a categoria havia rejeitado a proposta. Segundo a Fenapef, a MP 650 será votada pelo Senado no próximo dia 28. Se não for aprovada, a medida perderá a validade.
A Fenapef afirmou que o objetivo da paralisação é protestar contra a decisão do governo federal e não prejudicar a população. A Federação informou que a categoria vai respeitar o mínimo de 30% de servidores trabalhando durante a paralisação, como exige a Lei.
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