13 de out. de 2014

Opinião do leitor

Parabéns ao Ciclismo Parnaibano! Pois numa rápida pesquisa no Google e verificando o resultado das primeiras cinco páginas da busca, não vi nenhuma referência a um ciclista ter atropelado e matado alguém. Conseguimos ser, ao que parece, pioneiros no assunto (já o contrário, carros atropelando ciclistas, existem milhões de resultados).
Mas antes que alguém venha criticar o texto, quero já dizer que sou ciclista desde 1988, minha esposa e filhos tem bicicletas e praticamos este ato limpo e saudável que é pedalar, sempre com atenção e respeito aos outros, usando a bicicleta inclusive como meio de locomoção.
Todos sabemos que o trecho da BR-343 de Parnaíba até depois da FAP, no bairro Floriopólis, é uma área urbana, com grande número de veículos, ciclistas e de pedestres moradores da região, que transitam pelo acostamento e muitas vezes atravessam a BR pela necessidade peculiar à cada um. Verdade tal que o DNIT foi obrigado a colocar quebra-molas ali próximo, para reduzir a velocidade dos veículos e evitar acidentes. Reclamar e querer por a culpa do atropelamento simplesmente na péssima iluminação pública, é querer fugir da realidade.
Treinar (T-R-E-I-N-A-R) naquele trecho da BR, a noite, não pode ser correto. Aquelas bicicletas atingem 50km/h fácil e nessa época do ano com esse vento, estando ele a favor, hummmm que delícia, dá pra tentar puxar uns 70km/h. Já vi que nem todos tem iluminação, e na foto da bicicleta envolvida não vi o suporte para colocação do farol no guidão (o farol teria voado com o impacto, mas o suporte de fixação não – ele é preso ao guidão).
Alguns dos que pedalam por lá, são amigos meus desde os idos de 88 e mantiveram viva a paixão pela bicicleta estes anos todos. Um deles, por exemplo, perdeu a ponta de um dos dedos numa batida frontal com um ciclista urbano próximo a ponte do portinho, ele treinando a mil por hora o outro indo pra casa, ambos as cegas.
Agora este senhor, mais ou menos 70 anos, a noite, é atropelado e morto por aquilo que é para representar menos emissão de CO2, mais saúde, alegria, bem-estar, VIDA...
E o que vai fazer a ciclista que o atropelou (que parece ter idade para ser neta dele), resta à ela dizer para família do sr. – Desculpe  não foi culpa minha! (Foi dele? Foi da iluminação? Assim, nem Adão teve culpa, a culpa foi da mulher, que culpou a serpente, e que ainda assim foi expulso!!! – que injustiça da parte de Deus).
Que dia das crianças (e netinhos(as) mais (in)feliz!

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