O valor doado por empresas aos candidatos que disputam o governo do Piauí nos dois primeiros meses de campanha eleitoral já chega a R$ 880 mil. Os dados fazem parte de um levantamento feito pelo jornal Diário do Povo, com base em informações disponíveis na Justiça Eleitoral referente às prestações de contas dos candidatos entregues em agosto, a primeira parcial, e agora no início de setembro, a segunda parcial.
De acordo com os dados, o candidato que mais recebeu doações de empresas até agora foi Wellington Dias, do PT. O petista teve uma receita de R$ 675.535 nos dois primeiros meses de campanha. Só a construtora OAS é responsável por mais da metade desse valor, R$ 350 mil. A empreiteira aparece em investigações da Polícia Federal resultante da operação Lava-Jato, que apura um esquema de lavagem de dinheiro que teria movimentado R$ 10 bilhões em quatro anos na Petrobras.
O ex-diretor de abastecimento da empresa, Paulo Roberto Costa, está preso desde março acusado de principal executor do esquema, que teria como beneficiário governadores, senadores e deputados da base de sustentação do Governo Dilma e um ministro de Estado - Edison Lobão, das Minas e Energia. Entre os senadores envolvidos no esquema, segundo reportagem publicada pela revista Veja desta semana, está o piauiense Ciro Nogueira, presidente nacional do PP.
Ciro Nogueira é um dos principais apoiadores da candidatura de Wellington Dias no Piauí. Foi dele a indicação da candidata a vice, deputada Margarete Coelho, do PP. Ele também aparece como doador de R$ 17 mil a Wellington Dias, através da Ciro Nogueira Comércio de Motocicletas. Além da OAS e da CN, também aparecem como doadores de recursos do petista o Pag Contas e o Grupo Claudino. O Pag Contas, empresa do ex-secretário de Comunicação do Governo Wellington Dias, Sílvio Leite, doou R$ 140 mil; o Grupo Claudino, da família do senador João Vicente Claudino (PTB), doou R$ 53 mil.
O governador Zé Filho (PMDB) é o segundo candidato que mais recebeu doações de empresários. Até agora, o peemedebistas arrecadou R$ 187.150. Suas maiores fonte de recursos são a construtora Marruás (R$ 100 mil) e a Comserv Companhia de Serviços (R$ 30 mil). Os dados são referente apenas à primeira parcial da prestação de contas do candidato. Os números da segunda parcial não foram divulgados pelo TSE, mesmo o relatório tendo sido entregue como informou a assessoria de Zé Filho.
O Tribunal Regional Eleitoral do Piauí (TRE/PI) disse que já tomou conhecimento da falha e que solicitou ao TSE a justificativa para os dados não estarem disponíveis. O candidato do PSC, Francisco de Assis Moraes Souza, o Mão Santa, recebeu R$ 17.740,00 de empresas: R$ 13.300,00 de uma certa Evidence Modas e R$ 4.240,00 de Maricultura Macapá Ltda. Daniel Solon (PSTU), Lourdes Melo (PCO) e Maklandel Aquino (PSOL) não receberam doações de empresas, segundo as prestações de contas disponibilizadas pelo TSE. Neto Sambaíba (PPL) não teve nenhum dado disponibilizado ainda.
Fonte: jornal Diário do Povo
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