20 de set. de 2014

OS CEGOS DO CASTELO

Um provérbio persa revela que “Quando o rato se entende com o gato, o dono do armazém está arruinado”. Eles existem. Vendem sentenças e laudos periciais, operam mulher de fimose, desviam merenda escolar. Até remédios falsificam. São os mesmos que contribuem para eleger um “caga fogo da vida”. Vale para o comércio, vale para a política, vale para a justiça, vale para tudo.
“O amor faz muito, mas o dinheiro faz tudo” – um adágio francês. O próprio Cícero já dizia que “Não existe fortaleza que o dinheiro não possa derrubar”, afirmação equivalente a “Todo homem tem o seu preço”. Segundo Millôr Fernandes, alguns dão até desconto. A vida mostra que “Muitas pessoas se esquecem do passado por um bom presente”.
Pessoas esclarecidas sabem que níveis elevados de corrupção podem comprometer o desenvolvimento social e econômico de um país. O economista hindu J.K. Mehta chegou à conclusão de que “Subdesenvolvimento é principalmente falta de caráter, e não escassez de recursos ou de capital”.
Atualmente, nós extrapolamos os limites da corrupção no país e estamos convivendo com verdadeiras quadrilhas do crime. Mas o que me preocupa é a nossa hipocrisia: Não sei de nada, não desconfio de nada, os outros também roubaram, a culpa é do motorista, o culpado é o meu assessor. “A impunidade é um convite a crimes maiores”. Os bandidos travestidos de políticos estão dilapidando um patrimônio que é de todo brasileiro – a Petrobrás, com a nossa conivência, à sombra da nossa complacência, com os nossos aplausos. Enfim, assisto a todos esses desmandos com submissão e ainda tenho a coragem de dizer “Um erro não justifica o outro”.

Eudes Barros
Mestre em Administração
Prof. Da UFPI – CMRV
eudesbar@yahoo.com.br

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Comente essa postagem

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...