17 de set. de 2014

'Funcionário de férias não cola', diz Heráclito sobre caso dos R$ 180 mil

O ex-senador Heráclito Fortes (PSD), um dos mais ferrenhos críticos ao governo do PT, fez duras críticas aos contornos que tem se tomado a história sobre os R$ 180 mil apreendidos com o motorista do senador Wellington Dias, José Martinho, flagrado na Bahia com o dinheiro embaixo do banco do veículo.
Segundo Heráclito, a história tem tomado vários rumos diferentes, e diversas versões para a mesma coisa. Heráclito diz ainda o senador deve explicações e que tem procurado fugir de uma responsabilidade que é sua.
"É um fato grave, é vergonhoso, esse dinheiro ter surgido sem ninguém saber, e já existem quatro ou cinco versões sobre o mesmo fato. É preciso que o próprio Wellington tome a iniciativa de esclarecer, até porque este dinheiro está rastreado, está lacreado no banco com as etiquetas que indicam sua origem, eu acho que essa história de tentar levar com a barriga é apenas para driblar a opinião pública, o que é ruim. O homem público tem que enfrentar os problemas de cara, não pode tergiversar, e o que está se vendo é um verdadeiro disse me disse de um fato grave, até porque isso dar margem para novas versões, por exemplo, a versão de que o recurso era bem maior, que esse dinheiro tomaria um outro destino antes da patrulha rodoviária, que seria de uma tentativa de desova partindo do funcionário que transportava, dizem que não saiu apenas os R$ 180 mil, mas sim cinco lotes de R$ 180 mil, e tudo isso precisa ser apurado. Se for verdade para onde foram os outros lotes? Acho que o Wellington com sua responsabilidade de governador, senador, e de homem de proa do Partido dos Trabalhadores, tem que esclarecer. Uma coisa foi bem clara, temos que esclarecer, não foi a toa esse aborrecimento público da presidente Dilma Rousseff com o episódio, a qualquer coisa por trás disso", critica.
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'FUNCIONÁRIO DE FÉRIAS NÃO COLA'
Ex-senador e costumado com a rotina do Senado, Heráclito foi convicto em afirmar que a versão criada por alguns petitas, inclusive por Wellington, de que José Martinho estava de férias não cola.
Ele diz que durante esse período eleitoral, os funcionários que são leais e dedicados focam em ajudar na campanha do patrão.
"Não quero me precipitar e ser leviano, quero que a Justiça mostre os fatos com clareza, lamento apenas que o Wellington não tenha vindo a público dar esclarecimentos que só ele tem, o funcionário é dele, essa história de dizer que o funcionário estava de férias não cola, porque é muito comum que funcionários dedicados aos seus chefes no Senado ou na Câmara nesse período tirem férias para ajudar o companheiro, o patrão, e essa conversa não cola, é preciso que arrumem novos argumentos", insinua.
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IBOPE NÃO É PARÂMETRO PARA ELEIÇÃO
Sobre as pesquisas recentemente divulgadas, Heráclito cita que muitas já caíram no descrédito da população, e que principalmente as divulgadas pelo Instituto Ibope, já não são mais parâmetro para avaliar desempenho de candidatos ou intenção de voto.
"Existe uma saturação com os excessos de pesquisas, e nós sabemos que a pesquisa Ibope nunca foi parâmetro para definição de eleição. O Ibope tem a tradição de errar, sistematicamente nas eleições do Piauí, a ponto de na última eleição colocar como vitorioso o candidato que não foi sequer para o segundo turno, de forma que não há lógica nenhuma nesse resultado do Ibope, mas de certa forma provoca abalo, mas a população acordou e esta se movimentando, e com o excesso de votos indecisos que temos vamos sim levar o Zé Filho para o segundo turno", finaliza.
Repórter: Manoel José e Daniel Silva
Publicado Por: Manoel José

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