8 de set. de 2014

Bomba na campanha

Por:Zózimo Tavares
A campanha eleitoral tem tudo para ferver, esta semana, com o novo escândalo político que tem combustível para tomar as proporções do mensalão: é a reportagem da revista Veja antecipando informações bombásticas que o engenheiro Paulo Roberto Costa deu à Polícia Federal como parte do seu acordo de delação premiada. Ele foi diretor de Abastecimento da Petrobras no período de 2004 a 2012.
A Petrobras, segundo o ex-diretor, foi usada nos Governos Lula e Dilma como instrumento de corrupção para canalizar recursos para as campanhas de partidos governistas e dar dinheiro a um grande número de políticos. Na relação do ex-diretor da Petrobras, estão como beneficiários desse esquema três governadores, seis senadores, um ministro e pelo menos 25 deputados federais.
O ex-diretor revelou ainda que a compra da refinaria de petróleo Pasadena, nos Estados Unidos, foi usada para fazer caixa para campanhas eleitorais e premiar com propina alguns dos participantes do negócio. Paulo Roberto Costa foi preso na Operação Lava Jato, da Polícia Federal, realizada em março deste ano. Ele foi acusado de participar de um megaesquema de lavagem de dinheiro comandado pelo doleiro Alberto Youssef, que também está preso.
A reportagem da revista Veja já ganhou destaque nos principais veículos de comunicação do país e deve alcançar maior repercussão ao longo da semana. Segundo a revista, as investigações na Petrobras já haviam revelado a existência de uma ampla rede de corrupção envolvendo funcionários da empresa, grandes empreiteiras, doleiros e políticos importantes.
"Apesar das sólidas evidências que surgiram, faltava o elo mais importante da cadeia: a lista dos beneficiados, os corruptos, o nome de quem recebia ou se locupletava de alguma forma do esquema de arrecadação de propina. Não falta mais. Por medo de ser apontado como único e principal responsável pelo esquema de corrupção que superfaturou e desviou recursos de projetos da Petrobras, Paulo Roberto topou negociar os termos de um acordo de delação premiada", destaca a revista.

O que se verá, a partir de agora, é a oposição jogando lenha na fogueira desse novo escândalo e o governo tentando desqualificar o denunciante. Ou seja, lançará mão da mesma estratégia adotada no episódio do mensalão, quando usou de todos os meios para desacreditar o então deputado federal Roberto Jefferson (PTB) e negar o esquema.

Fonte: Diário do Povo 

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