O candidato à reeleição Antonio José de Moraes Souza Filho, o Zé Filho (PMDB) voltou a denunciar que o Piauí sofre retaliação, devido a sua posição política. Zé Filho é o sexto candidato a governador a ser entrevistado no “Fala candidato – o povo quer saber”. Ele reafirmou que o Estado foi esquecido pelo governo Dilma Rousseff e que não admitirá a instalação de uma "Petelândia" no Piauí.
Segundo Zé Filho, o governo do Estado está sendo obrigado a gastar R$ 2 milhões por mês com a contratação de carros-pipa para abastecer cidades do semiárido. Para o governador, o Piauí continua sendo desrespeitado diante dos outros estados. "Estamos tendo muita dificuldade com os órgãos federais. As pessoas que estão passando sede não têm nada a ver com questões políticas de governo estadual com governo federal. Mas fazer o governo do Estado gastar dinheiro com coisa que o governo federal está fazendo no Brasil todo e só não no Piauí? Por que? Estou sendo obrigado a pagar R$ 2 milhões por mês com carro-pipa porque o governo federal não está mandando [dinheiro]?", questionou.
Zé Filho lembrou que, durante a última visita da presidente Dilma Rousseff (PT), ele teve uma conversa dentro do carro, a caminho do evento, e não havia revelado o teor, nem discursado durante o encontro com petistas. Hoje, Zé Filho revelou que pediu à Dilma que resolvesse os problemas da Eletrobras e da paralisação do porto de Luis Correia. "Eu não discursei porque ela tinha me prometido resolver o problema da Eletrobras e do porto e disse que se ela não resolvesse até junho eu não iria votar nela. Eu não votei nela porque ela não cumpriu a palavra. Eu desafio qual foi a grande obra que o PT tenha no Piauí? Eu duvido. Não tem, paciência! Chega de humilhação. Eu não posso aceitar isso", afirmou.
O candidato eximiu a bancada federal da culpa das atitudes do governo federal para com o Piauí. Porém, afirmou que o candidato Wellington Dias (PT), que, segundo ele, é do mesmo partido da presidente Dilma e tem relacionamento próximo e poderia ter feito algum tipo de intervenção. "Mas o candidato do PT passou oito anos e agora quer fazer a petelândia no Piauí? Não podemos deixar isso acontecer", declarou.
Saúde
O candidato a reeleição afirmou que pretende estruturar os hospitais do interior do Estado para dar condições de trabalho aos médicos. "Temos que equipar os hospitais. Não podemos mais admitir uma pessoa quebrar o pé em Corrente e ter que vir para Teresina. Infelizmente, ainda vivemos nisso. Temos que reconhecer. Mas estamos melhorando e vamos melhorar mais nos próximos quatro anos", disse.
Educação
A climatização das unidades da rede estadual serão uma prioridade, segundo o candidato, caso seja eleito. "Temos que investir mais. Nunca vamos ter educação da maneira que gostaríamos. Vamos investir nas escolas e nos professores. Climatização não é luxo, é questão de necessidade. Colocar crianças no calor que faz nesse segundo semestre em escolas que não tem nem ventilador? É aterrorizante", comentou.
Corrupção
Em seu governo, Zé Filho afirmou que não admitirá atos de corrupção e promete punir com cadeia servidores que forem flagrados.
Energia
Os problemas enfrentados pelo Piauí em relação a energia são resultado, segundo Zé Filho, da falta de destinação de verbas do governo federal para o setor e não adiantaria investir em energia eólica se não há infraestrutura da Eletrobras para receber a energia produzida.
Segurança
Zé Filho afirmou que pretende ampliar o programa Ronda Cidadão para todos os municípios com mais de 30 mil habitantes. Além disso, colocar monitoramento eletrônico nas ruas para auxiliar a polícia e evitar a ação de assaltantes.
Cultura
Assim como o candidato petista Wellington Dias, Zé Filho prometeu criar a Secretaria Estadual de Cultura. Para ele, as ações precisam ser amplamente estendidas aos municípios e o governo necessita investir nos artistas, projetando-os em nível nacional.
Ao lado de Mão Santa
Respondendo a pergunta do jornalista Elivaldo Barbosa, Zé Filho respondeu a declaração feita por Wellington Dias de que o governador e o candidato Mão Santa (PSC) estariam do mesmo lado, já que são tio e sobrinho. "Eu acho graça. Estou com quatro meses no governo e 66% de aprovação. Com toda humildade, estou suando a camisa. Esse é o resuldado é a resposta para ele. Não respondo a processo, nunca tive envolvido com corrupção. A turma do PT não pode dizer isso. Já desafiei ele. Eu tenho dinheiro no caixa para pagar o 13º. Ele continua querendo mentir para o povo. Dizer que não sou parente do Mão Santa. Parente ninguém escolhe não. Sou sobrinho dele e não tem como negar. Essa é a única coisa que ele disse que é verdade, o resto é tudo mentira", finalizou.
Ampliada às 14h49
Leilane Nunes
leilanenunes@cidadeverde.com
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