16 de ago. de 2014

W.Dias de volta: Saiba o que esperar de um novo governo petista no Piauí

Caso o senador Wellington Dias, do PT, seja eleito governador do Piauí, é possível ter uma certeza: o estado deixa de ter um senador e passa a ter uma senadora. A primeira da história do Piauí. O fato é curioso e definitivo, mas faz pensar em outras mudanças temporárias que podem acontecer.
Historicamente, todo governador eleito tenta, por força de amizade ou acordo político, acomodar na Assembléia Legislativa candidatos que não tiveram êxito nas eleições proporcionais. Para isso, convoca aqueles que foram eleitos para ocupar secretarias de Estado, até que aquele determinado suplente seja convocado.
Observando as coligações, grupos de interesse e pessoas que hoje apoiam a candidatura de Wellington Dias, é possível fazer uma rápida ligação com os governos anteriores do petista e encontrar nomes que facilmente figurariam numa futura composição do primeiro escalão de W. Dias.
REGINA SOUSA
Bancária aposentada, Regina Sousa – atualmente presidente regional do Partido dos Trabalhadores – é a primeira suplente de W. Dias no Senado e ocuparia em definitivo o maior cargo legislativo do país por pelo menos quatro anos. Sem nunca ter tido um voto em seu nome.
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OS PROPORCIONAIS
A questão é simples: a coligação de candidatos a deputados federais que apoia Wellington é pequena e deve eleger, segundo previsão de especialistas, três deputados. São dados como certos de eleição os nomes de Iracema Portella (PP), esposa do senador Ciro Nogueira, e Rejane Dias (PT) esposa de Wellington. Pelo alto investimento e organização de sua campanha, o atual deputado federal Assis Carvalho também tem grandes chances de ser reeleito.
ASSIS CARVALHO
Para acomodar o deputado federal Paes Landim (PTB) – liderança importante para a campanha de Wellington –, caso este venha a ser o primeiro suplente, um dos três primeiros teria que virar secretário. O mais cotado é Assis Carvalho, pessoa da mais absoluta confiança de Wellington, que em nos dois primeiros governos petistas foi diretor geral do Detran-PI, presidente da Agespisa e secretário de Saúde. Os cargos, neste caso, falam por si. Mas certamente Assis não repetiria nenhuma dessas pastas. O parlamentar é cotado para uma das pastas de infraestrutura (como a de Transportes ou a de Cidades, por exemplo).
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REJANE DIAS OU MERLONG SOLANO
Com a desistência do deputado Jesus Rodrigues (PT) em disputar a reeleição, cresceram os olhos do deputado estadual Merlong Solano. Incentivado também pela promessa ser “puxado” por Wellington, caso este vire governador, Merlong é outra acomodação que deverá ser feita. Caso fique na segunda suplência, para que ele vire deputado federal, Iracema ou Rejane tem que ceder o espaço.
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O mais provável é que a acomodação saia de “dentro de casa”. Rejane, que já ocupou a pasta de Inclusão da Pessoa com Deficiência (SEID) e a de Assistência Social (SASC), seria novamente primeira-dama do Estado e retornaria ao primeiro escalão do Governo. Há quem afirme que as aspirações políticas de Rejane se encontram no cumprimento pleno do mandato parlamentar. Aí, Merlong vira secretário.
ANTÔNIO JOSÉ MEDEIROS
O ex-deputado Antônio José Medeiros não aparece muito em público desde a campanha de 2010, quando se candidatou ao Senado ao lado de Wellington Dias e perdeu. Ainda assim, dentro do PT é líder de um grupo consolidado e muito forte. Em um novo Governo do PT, esse grupo não abre mão de ter de volta o feudo da Secretaria de Educação. Caso o próprio Antônio José não seja o secretário, a indicação ainda assim caberá a seu grupo, que pode optar pelo retorno de José Barros Sobrinho, que também já foi secretario e é ex prefeito de União. O nome do empresário Rafael Fonteles, dono do colégio e preparatório de concurso CEV, filho do ex deputado nazareno Fonteles também é lembrado para a pasta, apesar de Nazareno pertencer a outra corrente interna do PT.
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SILAS FREIRE
O ex-apresentador da TV Meio Norte nunca foi conhecido por suas escolhas ideológicas na política. E é sabido que o apoio de seu partido, o PR, à candidatura de Wellington Dias se deu por força de um acordo envolvendo tempo de rádio e tv, a estrutura de campanha e o espaço num futuro governo petista. O mesmo espaço que foi negado pelo atual governador Zé Filho na composição de seu secretariado: a Justiça. A pasta é de interesse de Silas e, caso este não se eleja deputado federal, não espera outra oferta de Wellington. Promete ser uma confusão com o deputado estadual Henrique Rebelo (PT).
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MAINHA
O ex-deputado federal Mainha (SD) queria seguir na disputa pelo Senado. A cúpula nacional de seu partido, o Solidariedade, lhe negou qualquer apoio nesse sentido e lhe deu um ultimato: disputa uma vaga na Câmara Federal ou fica sem ver um centavo dos recursos da sigla. Com essa condição, Mainha, ex PFL e Democratas, fechou acordo parecido com o do PR. Mainha já foi prefeito de Itainópolis e presidente da APPM (Associação Piauiense de Municípios), o que deve contar a seu favor na hora de ser acomodado no primeiro escalão.
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HENRIQUE REBELO
É um dos mais cotados a se reeleger dentro do Partido dos Trabalhadores. E certamente um dos que seriam convocados por Wellington para virar secretario de Estado abrindo vaga para algum suplente. O grande problema aí é o apego de Henrique à SEJUS, menina dos olhos de Silas Freire também. Uma briga que, na visão de muita gente, o governador só resolveria dando a Silas a Secretaria de Segurança. Confusão grande!
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FÁBIO NOVO
Considerando os concorrentes de outros partidos na coligação, o PT a certeza de eleger pelo menos três deputados estaduais. Caso o número se confirme, além de Henrique, os eleitos mais prováveis seriam Fábio Novo e Cícero Magalhães. Este último tem o perfil de quem Wellington manteria na ALEPI, sobrando Fábio Novo como opção de secretario para outra acomodação. O deputado já indicou a direção da Fundac no Governo Wilson Martins e poderia ser o nome à frente da Fundação desta vez. Comenta-se, também, que a formação de jornalista e o conhecimento da área poderiam credenciá-lo à CCOM.
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LUCIANO PAES LANDIM
O advogado dos precatórios da Educação é candidato a deputado estadual. E também homem de confiança de Wellington Dias. Filiado ao PT, já foi secretario de Transportes do Piauí, na época em que, de acordo com análise do Governo Federal, pode ter havido má utilização dos recursos destinados à construção do Porto de Luís Correia. Pode ser um dos acomodados na Assembléia, caso fique na suplência. Ou ainda voltar a compor o primeiro escalão do Governo Estadual.
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ALEXANDRE NOGUEIRA
O advogado Alexandre Nogueira acompanha o PT e Wellington Dias desde seu primeiro mandato. Foi da equipe jurídica durante as campanhas de eleição e reeleição. No segundo mandato de Wellington, coordenou a Central de Licitações do Estado e, mais tarde, substituiu Luciano Paes Landim na secretaria de Transportes. Por experiência e competência, conhece como poucos as entranhas jurídicas do Estado e é cotado para ajudar Wellington na condição de Procurador Geral do Estado.
CHICO ANTÔNIO
Poucos dentro do PT tem o acesso e conhecem as preferências e vontades de Wellington Dias tal qual Chico Antônio. O ex-prefeito de Esperantina, cassado em 2012 por ter sido eleito abusando do poder econômico, já coordenou campanhas de Wellington e hoje é lotado no gabinete do senador. É uma opção para Wellington na Secretaria de Governo, ou na Chefia do Gabinete do Governador.
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Publicado Por: Apoliana Oliveira

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