Por:Zózimo Tavares(*)
O Governo Wellington Dias vendeu, em seus dois mandatos, através do marketing, o Piauí como "Estado Desenvolvido". Em 2011, uma reportagem especial da revista Veja pôs por terra toda aquela propaganda. E o Piauí foi apresentado como o mais atrasado em gestão pública e em desenvolvimento, ao lado do Amapá.
A pesquisa foi feita nas 27 unidades da federação pelo Centro de Liderança Pública e a Unidade de Inteligência da revista britânica Economist, com o objetivo de apontar as condições dos Estados para atrair investimentos, tanto externos quanto internos. O Ranking de Gestão dos Estados Brasileiros avaliou 25 indicadores em oito categorias com impacto no ambiente de negócios.
Nesse primeiro levantamento, o Piauí liderou a pesquisa de ponta a ponta, mas negativamente, nos aspectos do ambiente político, ambiente econômico, política para investimentos estrangeiros, infraestrutura, recursos humanos, sustentabilidade e inovação. Qual é o investidor que vai querer jogar seu dinheiro num Estado em que as instituições não funcionam?
Não foi em vão que o Piauí perdeu todos os grandes investimentos prometidos e anunciados como certos, como a fábrica da Suzano. Por quê? Se precisar da polícia, o empreendedor pode contar com ela? Se precisar de um hospital público, também pode contar com ele? E a burocracia? E a eletricidade? A telefonia? Aeroporto? Mão-de-obra?
A pesquisa criada em 2011 pelo Centro de Liderança Pública e a Unidade de Inteligência da Economist foi repetida no ano seguinte. O Piauí avançou uma posição, saindo da 26ª para a 25ª, o que indica que houve um esforço para a melhoria das condições de investimentos durante o governo Wilson Martins.
A revista Veja desta semana traz o terceiro Ranking de Gestão dos Estados Brasileiros. Como os levantamentos anteriores, o estudo leva em conta indicadores que vão desde a infraestrutura até os níveis de criminalidade, passando por fatores como burocracia, corrupção e disponibilidade de mão-de-obra qualificada.
O Piauí manteve-se em 2013 na posição do ano anterior. E só não voltou à posição de 2011 - a última do ranking, refletindo a situação de marasmo dos anos anteriores - em função do esforço do Estado para realizar no período obras e ações com recursos próprios e/ou provenientes de empréstimos para melhorar internamente o ambiente para atração de investimentos.
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